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sábado, 7 de maio de 2011

A experiência de viajar sozinha. | Destino, acaso, sorte, todas ou nenhuma das anteriores?

"Para viajar, basta existir", Fernando Pessoa.

Lisboa, Portugal
Citando este grande escritor, começo este post... que veio com muitas semanas de atraso, me desculpem, mas abril foi um mês intenso... Depois de dois fins de semana de atividades naturais, teve o Spring break de 2 semanas! Nas que fui a Portugal e Londres.
Primeiro, uma surpresa, farei um vídeo... Algo mais próximo, pra vocês poderem me ver... Ai, que saudades das minhas amigas e noites de fofocas... tanto a contar!! :)
Então fica assim, sobre os passeios contarei no vídeo, que postarei em breve e, sobre o tema do título, escrevo agora.

Viajar sozinha não foi só uma opção minha simplesmente, foi a condição que se apresentava, pois ninguém queria fazer o mesmo e, nessas horas, é melhor fazer que deixar de fazer então, fui sozinha mesmo! (rs) é interessante que muitos me perguntam.. "ai, mas sozinha, como você consegue? acho q jamais conseguiria"... 1º equivoco, jamais é muito forte, 2º - viajar sozinha não è o fim do mundo! muita gente faz... não teve um lugar que eu tenha ido desacompanhada que não tenha encontrados outros e outras na mesma situação...
Pode ser meio solitário as vezes...sim pode, mas pense nesse tempo como um tempo pra você, uma vez escutei uma frase interessante: se você não consegue conviver consigo, como outros o farão? Sem contar que viajar sozinha tem algumas vantagens.
  Uma delas é que você pode programar seu dia como bem quiser, você faz o seu roteiro... tudo bem, vocês podem me dizer "ah mas se você estiver com um amigo pode-se chegar em um acordo" claro...pode ter uma acordo. Mas com certeza alguém vai ter que ceder... e quanto maior o numero de pessoas que viaja junto, dependendo do destino, pode ser um desastre e inclusive causar insatisfações, que depois se tornam brigas...
  Como eu disse, vale lembrar que depende do destino... por exemplo, viagens turísticas, quando não se conhece o lugar visitado, são complicadas porque cada um quer visitar, passear em um lugar diferente. Mas se o motivo é só festas.. Bom, ai não tem muito o q discordar...
  Outra vantagem de viajar solo é que você fica mais aberto a interagir com outras pessoas, não que você e seu melhor amigo se fecharão em um mundinho paralelo, mas se estivessem separados, não teriam o back-up um do outro e, portanto, dependem de suas habilidades de comunicação. Fica a dica, esta habilidade é muito valorizada no mercado de trabalho! (rs)
  Mais uma coisa muito boa de viajar sozinha... e que tem a ver com relacionamentos. Você pode ate ter um roteiro prévio em mente, mas o que for surgindo, é facilmente adaptável, por exemplo, vai que conhece alguém "interessante" (rs)... seria chato deixar sua amiga(o) para curtir com essa pessoa. MAS, sozinho não tem problema, porque você não está comprometido e então pode curtir um romance de viagem! (LOL) Recomendo.
  Ok, ainda assim podem-me dizer que preferem viajar acompanhados. Legal, também gosto dos meus amigos! (rs) Mas só não tenham medo de fazê-lo! Não deixem passar oportunidades só porque não tem companhia! Nunca se sabe o que te espera... e tudo bem, acho que ser filha única também me ajudou a ser um pouco mais assim... Quando se tem irmãos, fica acostumado a ter gente por perto e tal..

  Pois bem, seguindo... Não saber o que te espera "Destino, acaso ou sorte?". O que você acha?
  Estava eu, caminhando sozinha por Lisboa, quando comecei a refletir sobre tudo que me aconteceu até agora. Isto é, desde que decidi sair do estágio em uma grande multinacional (cuja bolsa auxílio era muito boa para manter minha conta no azul sem meus pais #pronto falei) e quando apliquei para fazer intercambio no exterior.
  Não quero levantar aqui questionamentos do tipo, ‘e se’, mas tentar buscar uma explicação para o que se sucede na vida... Será que tudo que acontece faz parte de um destino? Estou sabendo que tem um filme em cartaz “Os Agentes do Destino” (Adjustment Bureau) só vi o trailer, mas fiquei bem interessada porque trata desse tema, de se há algo planejado para nós. Apesar de termos o livre arbítrio, será que isso já é calculado em nossa trajetória? Nascemos já destinados a alguma coisa? Acho que só saberemos depois que sairmos dessa.
  Por enquanto, me parece que o acaso, , uma dose de sorte, é uma boa explicação. Afinal, um cara bonitinho sentar do meu lado no avião, conhecer pessoas legais durante minhas viagens, e que talvez eu nem volte a vê-las, não sei se faz parte do meu destino, mas, sem dúvida, que por passarem em meu caminho, agregaram algo em minha vida.
  Quiçá seja isso, o destino talvez esteja nos esperando, mas são nossas ações durante a vida que nos formam para cumpri-lo. E, como temos o livre arbítrio, nossas decisões influenciam na trajetória, e por vezes pode nos afastar do objetivo.
  Bom, chega de tanta filosofia barata, né. (rs) Então, fica a dica, quando aparecer uma oportunidade,  aproveitem! Claro, considerem aquilo que julgue indispensável, mas nunca deixem de fazê-lo por medo! Um amor, uma amizade, a família, quando verdadeiros, estarão sempre te esperando, mas a oportunidade não. Depois que ela passa, pode ser que não apareça outra igual, às vezes melhor, às vezes pior, mas a vida não tem dois momentos iguais. Achei na internet – deus Google – um texto bem legal (desses que se recebe em corrente de e-mail) *rs

A vida corre como um rio. E nunca volta ao mesmo lugar. Passa por nós uma só vez
Nunca se repete. A vida tem muitos caminhos. Mas só nos é permitido escolher um. Ás vezes não somos nós que o escolhemos. Outros escolhem por nós. E muitas vezes seguimos esses caminhos. Contrariados, (como ovelhas para o matadouro, como pássaros engaiolados). Nós somos a nossa própria vida. Ela é o que fazemos dela. A certa altura olhamos para trás. E observamos que o caminho percorrido. Não nos levou ao lugar nenhum. Então rasgas-nos as entranhas. Cresce em nós uma vontade de mudar os trilhos. E a força cresce, cresce e torna-se invencível. Mudamos o nosso caminho. Muitas vezes temos que recuar um pouco. Para endireitar os trilhos. Mas tudo vale, para que sigamos o caminho que sempre quisemos seguir. Quantas vezes temos que derrubar muros. Lutar contra feras. Enfrentar monstros invisíveis. Fantasmas e medos. Mas quando o caminho é difícil. Acreditamos que no fim dos trilhos. Estará a nossa satisfação. Levantamos o estandarte. E gritamos vitória. Mas no fim da linha, está também o fim da viagem. Então apercebemo-nos de que chegar não foi o mais importante. O mais importante foi a viagem.
R.M.Cruz