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quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

- Intercâmbio cultural

Viajar é muito mais que somente sair do seu local de moradia, viajar para onde quer que seja, pressupõe estar aberto a conhecer e absorver novas informações, você dá e também recebe, no bom sentido da frase (rs). E é o que torna esta atividade tão atrativa, pois não podemos nos contentar com nosso pequeno mundinho diário... bom, isso foi só uma introdução para o post...queria começar com um pensamento profundo (rs).   Tem uma coisa que sempre me intrigou, e que era um pouco revoltante quando escutava de vários amigos meus, que já viajaram, de mochilão ou intercâmbio. Que os europeus e norte-americanos têm uma visão completamente distorcida de nós, que acreditam que vivemos com macacos, todos em uma floresta quase como na savana africana. Descobri que é verdade.
  Ok, ninguém chegou pra mim e perguntou se tem macaco no meio da rua... Ainda bem! Porque eu sinceramente não sei que cara ia fazer para essa pessoa. Mas caramba, é tenso ver que aqueles que temos como ‘primeiro mundo’, mais desenvolvidos, etc. sabem muito pouco do mundo! Poxa, o Brasil não é mais um paisinho da América do Sul, é O País, por diós, fomos capa da The Economist! que não é uma revistinha qualquer... será que eles leem esse tipo de coisa ou veem somente seus pequenos territórios...
  Ainda tem mais essa, quando eu comentei que só na cidade de São Paulo (Grande SP) tem quase 20 milhões de habitantes, o pessoal meio que não acreditou! (rs) acham que suas cidades com 5 milhões de hab. são grandes... O mais impressionante foi que descobri que eles não têm aula de geografia como nós temos... não aprendem nada sobre clima, produção, etc. de outros continentes. Olha, o Brasil tem muita coisa errada e muitas outras a melhorar, como o acesso a educação boa para todos, porém, vejo que nosso ensino de humanas é muito mais completo do que eles tem aqui.

  Ah! E tem o clássico, ‘no Brasil não se fala espanhol?’, essa eu já tive que escutar. Também percebi que muitos acham que todos os países da América do Sul são como Bolívia ou México, tudo meio desorganizado, terra sem lei, etc. Vale ressaltar que as coisas aqui são muito organizadas, quer dizer, eu acho isso aqui da Espanha, a galera que é de outros países da Europa acha aqui uma bagunça... realmente eles não conhecem o Brasil, que para nós parece organizado, considerando o caos das cidades grandes na Am. do Sul e de nossos 'maravilhosos' políticos. É gente, ignorância é algo crônico no mundo (inclusive no Brasil).
  Pelo menos a galera é muito aberta a escutar, e demonstra interesse em saber mais... No fim, isso é o que conta. Além do que, todos que conheci até agora, foram muito simpáticos e receptivos.
  Choque cultural? acho que o choque que tive foi do frio que faz aqui (rs) e de grande parte do comércio fechar pela tarde (ciesta), algo meio inimaginável para cidades como Rio e Sampa. Ah, estou vivendo em uma cidade pequena, com população menor que a de São Bernardo do Campo! é, acho que foi um leve impacto. (rs)
  Mudando de assunto, no fim de semana fui à Granada, uma cidade com muita história! Povoada desde o séc. VIII a.C, passou pela mão de muçulmanos, judeus e cristãos, estes últimos, destruíram muitas construções que existiam dentro da Alhambra, um palácio de cor vermelha construído pelos sultões muçulmanos e utilizado como fortaleza pelos povos que sucederam.
  Mas uma viagem não é só ponto turístico não é mesmo, tem que comer a comida local, burguer king (rs) mas foi só uma vez, o grupo queria ir novamente, mas consegui convencê-los de comer um menu mais saudável em algum restaurante. No fim das contas, jantei e almocei Paella, foi primeira vez desde que cheguei! Adoro.
  Não se pode esquecer que uma viagem também tem saída noturna! Infelizmente, na sexta feira, tive que ficar no hotel, a esperta aqui foi nadar durante a semana e não levou o secador de cabelo, algo não muito inteligente considerando o frio que fazia... Bom, pelo menos no sábado já podia sentir o gosto das coisas, pois é, na sexta feira não conseguia nem saborear o que eu comia! Fiquei totalmente sem paladar, algo que me deixa muito frustrada, pois minha memória olfativa é muito boa! E eu adoro comer – sem conseguir respirar pelo nariz não há como sentir o sabor.
  Voltando: sábado, Balada!! Estava muito frio na cidade (fica próxima de uma montanha de neve) mas dentro sempre é quente então, uma blusinha sem manga e um puta casaco por cima. Fomos para o ônibus que ia nos levar... Começou a chuviscar na cidade, frio x2. Mas, who cares, balada! (rs) O busão nos deixou em uma rua em algum lugar da cidade e tivemos que seguir andando. Pelo menos a vista era bonita, dava para o castelo. No caminho, percebi que o grupo de argentinos que também veio na viagem estava próximo (como eles causaram durante a viagem! Parecem até brasileiros quando estão juntos), não podia deixar passar né! Até porque tinha um, que não era nada feio (rs). Então falei, ‘argentinos boludos’, algo que se dito entre amigos não pega nada mas pode ser considerado ofensivo. Mas quando falei que era brasileira, eles nem ligaram muito, só tivemos a básica discussão ‘Pelé ou Maradona’ (rs).
  A balada: muito legal o lugar, cheio de estrangeiros (algo normal porque é uma cidade com muitos universitários), a música era muito boa, só comercial (rs) como foi um pacote fechado para estudantes, a entrada dava direito a uma bebida, fiquei no basicão, refri e vodka. Depois, como ainda estava resfriada e não queria abusar, decidi tomar mais alguma coisa... ao preço de 1 euro, tinha dose de vodka, tequila ou jellyshot...hum...fiquei com a tequila! Ui, deu uma boa esquentada. Saldo da noite: Boa música, bebida e dança! Ah, dancei bastante, em especial quando o argentino, gracinha, veio puxar um papo e chamar pra dançar... Momento de intercâmbio cultural não é mesmo? (rs)

domingo, 13 de fevereiro de 2011

– Conhecendo pessoas e sobrevivendo

  Logo que cheguei meu primeiro contato foi com a senhora que aluga o quarto, muito simpática e prestativa, ela que foi me buscar no aeroporto... mas cobra caro pelo apê. Chegando ao prédio, estava o francês, que vive no quarto ao lado. Um tipo meio estranho, na dele, hum... resumindo, alguém não tão expansivo. Há também uma terceira pessoa no apê, por sorte, uma irlandesa simpática, e do tipo que fala bastante! (rs)
  No dia seguinte, após dar uma caminhada pelos arredores e ir até a faculdade buscar os documentos, ela me chamou para sair e conhecer os outros intercambistas.
– O esquema aqui é o seguinte: Na Europa existe um tipo de intercâmbio que se chama Erasmus, este esquema move alguns milhares de estudantes pelo continente e a maioria da galera já está aqui desde setembro. - O que deu para perceber é que são poucos os intercambistas que tem amigos da cidade, locais, o pessoal acaba ficando mais com os outros estrangeiros.
  Tirando a parte boa que é ter contato com estudantes de vários países aqui da Europa, acaba que grande parte do tempo fala com pessoas cujo espanhol não é a primeira língua então você tem que aproveitar para escutar o professor durante as aulas e a televisão. Tô assistindo a ‘Simpsons y 2 hombres y medio’ em espanhol!hahah é meio zuadinho mas é melhor assim que falar mais inglês que espanhol (rs) considerando que escolhi vir para a Espanha, não é mesmo?
  Depois de ficar quase duas semanas sem conhecer nenhum brasileiro ‘tava demorando porque brasileiro é praga’ (rs) conheci um grupo de estudantes de Porto Alegre. Estavam todos em um bar que é conhecido por concentrar a galera intercambistas (ainda tem mais essa, um bar para o pessoal Erasmus).
  Ritmo da galera – Sim, eu sei que pedi uma balada, mas ainda estou me acostumando com o ritmo, a partir da terça feira, todo dia é dia para sair... e como tudo começa mais tarde, o pessoal fica até umas 4h da manhã durante a semana!! Imagina que faria isso em Sampa... Uma que meus pais iam chiar pra caramba, outra que eu não ia aguentar por muito tempo (rs)
  No fim das contas, acho que o saldo está positivo, conheci muita gente, que ainda estou tentando guardar os nomes, e que parecem ser legais. Vamos esperar para ver os espanhóis que fazem aula comigo... A primeira semana foi só de apresentação, então a galera que já sabe , não se dá o trabalho de ir... Isso me faz lembrar muito um lugar que conheço... (rs)
  Bom, de resto, já faz uma semana que tenho cozinhado para sobreviver! Claro que é mais econômico e saudável fazer comida em casa, mas tenho que admitir, como dá preguiça de fazer comida... se o estômago não falasse mais alto, acho que eu passaria algumas refeições. (rs) Até agora só comi quatro vezes fora de casa, duas foram mc e burguer king e as outras duas no ‘bandejão’ da universidade... pena que aqui o bandex não custa R$1,90...

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

As primeiras semanas – Descobrindo o novo território

  Chegar a um local completamente desconhecido é um pouco desconfortável, rola um friozinho na barriga, “Como serão os outros estudantes que estão no apartamento? Será q vou ficar sozinha o dia inteiro? Vou sobreviver tanto tempo?” (rs) são algumas perguntas que passam por nosso consciente e subconsciente... Mas sei lá, aos poucos estou me acostumando com o clima em geral..
  No apê tem outros 2 estudantes, uma Irlandesa simpática e um Francês meio estranho... Não é que ele seja chato ou algo do gênero, é que ele não se comunica muito com nenhuma de nós e, além disso, é bem inconveniente quando ele deixa a louça dele toda suja na pia! Ok, quando estamos em casa, com nossos pais, somos mais folgados e muitas vezes deixamos a sujeira para alguém (mãe ou diarista) limpar. Porém, quando se vive com outras pessoas e não há uma diarista nem mãe, é preciso pensar que as outras pessoas podem querer usa os utensílios comuns de cozinha e, por isso, é de boa educação que, após terminar de usá-las, deixar as coisas limpas para que o próximo faça o mesmo... No caso deste francês isso não vale! (rs) mas ele levou uma bronca ontem da irlandesa que chegou aqui junto com ele há alguns meses...ela me contou que ele é sempre assim, folgado.
  Tirando os problemas da louça, (rs) o apê é bem confortável. Tem água quente, a privada é decente e a cama é confortável... O que mais poderia querer? Um vizinho gato talvez? (rs) seria bom, mas acho q gastei minha sorte no avião!
  Ainda estou me acostumando com o frio, aqui por enquanto tem feito 5ºC depois da meia noite e 17ºC depois das 13h... até já sai só de calça jeans a tarde, sem meia por baixo! O que me alegra é que as pessoas daqui dizem que mais algumas semanas e já começa a ficar mais quente. Não vejo a hora! Sair de um verão de 30ºC e vir para uma média de 11 graus causa certo impacto na pessoa.
  Mercado – uma loja muito importante que deve estar sempre estrategicamente localizada próxima de você...felizmente tem um bem perto do apê. O preço das coisas é ótimo, inclusive, em termos de custo de vida para quem ganha em euro, aqui é muito barato. Mas, seria melhor se não tivesse que converter para Real! “nada pior que ter que ficar pensando na conversão” por isso, estou tentando abolir isto da minha consciência... ou não. (rs) As primeiras coisas que comprei no mercado? Só artigos de primeira necessidade e fáceis de preparar, leite, queijo, geleia, pão, suco, macarrão e molho. Depois, nas outras vezes que já fui ao mercado, comprei coisas típicas como lasanha congelada e carne.
  A faculdade - é uma graça, parece a minha no Brasil, tem um campus que é relativamente grande aqui para o local e tem maior parte dos cursos. Infelizmente só não tem engenharia, que é em outra cidade (rs) Mas a faculdade de economia e negócios é ao lado da de comunicação e farei uma aula por lá... Já me inscrevi na piscina do campus e darei umas braçadas por lá para não ficar parada.
  Sair à noite – mesmo sendo uma cidade pequena tem muitos pequenos bares que normalmente não cobram nada para entrar, pois o costume aqui e ficar pulando de bar em bar, o shot de qualquer bebida é 1 euro e os misturados (refri + álcool) uns 5 euros. Tem uma bebida que é sensacional, é para tomar em shot, é vodka com alguma coisa doce, parece licor, a garrafa custa uns 5 euros... Certeza q vou levar pro Brasil! Aguardem.
  Mercado – tem um bem perto do apê, o que é crucial. O preço das coisas é ótimo, inclusive, em termos de custo de vida para quem ganha em euro, aqui é muito barato. Mas, seria melhor se não tivesse que converter para Real! “nada pior que ter que ficar pensando na conversão” por isso, estou tentando abolir isto da minha consciência... ou não. (rs) As primeiras coisas que comprei no mercado? Só artigos de primeira necessidade e fáceis de preparar, leite, queijo, geléia, pão, suco, macarrão e molho. Depois, nas outras vezes que já fui no mercado, comprei coisas típicas como lasanha congelada e carne.

  Primeiro domingo longe do conforto e aconchego de casa – dei uma corridinha na avenida do rio que corta a cidade e é próxima da casa. Realmente a cidade é muito bonitinha, bem conservada e segura. À noite (à noite mesmo) - porque aqui tudo acontece depois das 17h, o comércio fica aberto até às 22h, mas tem um motivo, eles ficam a tarde inteira na ciesta! e o banco só abre no período da manhã - Fomos ao cinema ver ‘How do you know’ ou em espanhol, ‘Como sabes si...’ ou ainda em português, ‘Como você sabe’. (um dos poucos filmes traduzidos da mesma forma em várias línguas!) o filme é legal, nada muito surpreendente, mas o ponto alto de ver esses filmes aqui é: em qualquer lugar tem que vê-los dublado!! Sim, a Espanha é um país nacionalista e os filmes são todos dublados, dizem que é muito difícil encontrar um cinema que passe filme com legenda. Ah vai, nada que não dê pra viver sem durante um tempo.
  Hoje, depois de uma semana, terei minha primeira aula (espero que não seja várzea como no Brasil, rs) Espero também conhecer mais pessoas do que até agora...porque basicamente me relacionei com a menina que divide o apê comigo e com alguns amigos que ela me apresentou quando saímos semana passada. QUERO UMA BALADA!!! (rs)

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

O Voo

Não sei se acaso, sorte ou destino... Sentei no lugar que reservei, mas óbvio que havia um espaço livre ao meu lado. Logo pensei “vixi, quem vai sentar ai?” Primeiro torci pra que ninguém sentasse afinal, cadeira da classe econômica é tenso... Em um segundo momento você cogita outra boa opção, um cara gatinho, ah nada melhor que ir bem acompanhada em uma viagem tão longa e que permite boas horas de conversa... Mas você tem que ser realista, sua sorte pode não estar do seu lado então você somente deseja que seja alguém não: gordo (a) - para tirar ainda mais seu espaço, roncador, chata(o), espaçoso ou com perfume vencido.
  Bom, a sorte estava do meu lado! Já estava sentada e quase todos já haviam entrado, achei que ia ficar sozinha... ai veio vindo uma mulher... Ufa! Sentou na cadeira da frente... Logo depois notei que um cara gatinho tava vindo... torci pra que ele estivesse sentado do meu lado... Mas, pra disfarçar, continuei vendo o filme no meu Ipod...ele sentou do meu lado! Deu um ‘oi’ rápido e sentou... pois também estava escutando seu mp3. Porém, uma hora o avião tem que levantar voo, não é mesmo? E nessa hora todos os aparelhos eletrônicos tem que ser desligados... Pronto, estava ai um bom momento para puxar uma conversa... Eu já falo pouco normalmente... ficar calada jamais!
  O avião decolou... era ‘agora ou nunca’. (rs) “Nossa não dá pra entender  nenhuma instrução com este som, meio inútil né? Hehe” Pronto, assim quebrei aquela situação meio estranha de quem vai dar o primeiro passo e tal, porque conversar com ‘estranhos’ não é algo de outro mundo mas com certeza é difícil sair do zero... A cena era a seguinte: estavam passando o vídeo com instruções de segurança, porém a gravação estava péssima, com muitos ruídos e não dava pra entender nada...e ficou durante um bom tempo, pois em voos internacionais a explicação é bem maior que nos domésticos.
  Voltando ao foco, a conversa com o cara gatinho, começamos a falar de várias coisas (são 11h de voo!) filmes, esportes (ele é um atleta da seleção brasileira! só não posso revelar de que, para preservar sua id.), música, viagens, etc. Resumindo, foram praticamente 10h de conversa, ele disse que não gosta de dormir em avião...bom, eu que não ia dormir e perder um papo legal com alguém tão interessante...se é q vocês me entendem...(rs) mas na última hora de voo não aguentamos e acabamos cochilando um pouco.
  Finalmente, depois de sair de casa às 17h e pegar o vôo das 21h30 (hora de Brasília), cheguei no aeroporto de Madrid, às 8h (“), mega cansada, sem ter quase dormido mas com um novo amigo a lista de contatos. Mas quem disse que acabou? O finalmente é porque a parte mais longa da viagem estava cumprida...agora faltava a segunda e última parte! O outro voo foi às 11h. Sozinha e perdida no grande aeroporto, só me restou zanzar e arranjar alguma coisa pra comer.
  Meio dia. Agora sim, cheguei ao meu destino final. Mas, quando achei que só ia pegar as malas e me encontrar com a senhora que foi no aeroporto me buscar, quebrei a cara, como lá é super pequeno e o avião veio com no máximo umas 20 pessoas, quem não era europeu teve que abrir todas as malas...pois é, imagina colocar em uma mesa minhas pequenas malinhas de 20 e 29 kg... o cara ficou de olho grande na minha Sagatiba, ele sabia o que era, mas não podia deter! (rs)

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

O Dia D viajar

  O dia de viajar chegou, acordei cedo e dormi bem tarde, queria estar bem cansada para dormir bastante no avião...
  Tudo parece igual, mas depois que almocei a hora passou mais rápido e quando vi já era hora de sair para o aeroporto! Quem mora em São Paulo sabe que o trânsito é imprevisível e, portanto, qualquer movimentação mais afastada de sua casa deve ser planejada e feita com antecedência. Sendo assim, sai de casa às 17h para pegar o voo das 21h30!
  Cheguei ao aeroporto às 18h40... pra variar, trânsito na Ayrton Senna...bom, fui direto ao check-in para me livrar do peso... e que peso! Mesmo sem abrir o zíper extra, uma das malas tinha 23 kg e a outra 29 kg.(dentro do limite de 32 kg!). Chegando na fila do guichê da companhia aérea, pensei “já fiz o check-in, não pegarei fila” mas óbvio que o check-in eletrônico não valeu de nada e além de pegar fila a moça pegou o bilhete que eu imprimi e trocou por outro bilhete que ela imprimiu ou seja, neste caso fazer eletronicamente foi inútil e ainda gastou papel...meu papel!
  Mas o papel foi pouco... pode ser pior! (rs) A calça que você está usando pode porventura resolver abrir um pequeno buraco na costura e aí o que você faz? Corre o risco de ficar sem roupa durante o voo (que vai durar mais de 12h)? Claro que não. Então você compra uma calça igual a sua (legging) na loja do aeroporto, enquanto a sua custou uns 30 reais nesta você paga 75!! Um absurdo... Mas eles têm o produto e a concorrência no local é nula... Sim, situação de monopólio! E você que se f**** (no meu caso foi minha mãe que pagou, mas estou sendo solidária a ela) maldito buraco!
  Depois de fazer umas comprinhas inesperadas e dar uma volta pelo aeroporto pra passar o tempo, chegou a hora de se despedir dos seus pais. É uma situação estranha... Será que você vai sentir mais falta deles do que eles de você? Eu acho que não... a intensidade de ser os ‘pais’ de alguém é um pouco mais forte que ‘ser filho’...pelo menos enquanto somos novos e os pais são mais as figuras de controle do que algo equilibrado, quando já não se depende mais financeiramente deles e não se vive junto..
  Mas as situações chatas não acontecem sempre, há muitos momentos bons, só é preciso fazer acontecer e procurar o lado positivo de cada situação... Às vezes pode ser dolorosa para uma das partes, mas tudo tem 2 lados... Como essa situação de se despedir, é triste se separar, ficar afastado, mas por outro lado, estou fazendo uma viagem que não é todo mundo que pode fazer e esta experiência será muito importante para minha vida.
 Chegou a hora, entrei na sala de embarque...

O pré viagem

   É hora de arrumar as malas, se você não é do tipo que faz com antecedência, provavelmente sua viagem é amanhã e o quarto está uma zona...bom, não se desespere, eu mesmo arrumando a mala uma semana antes, no dia anterior abri e mexi (tirei e coloquei) mais algumas coisinhas..
  Você acha que está exagerando... O importante é manter-se dentro do limite. Mas, se você é como eu, que vai deixar um espaço livre e não abrirá o ziper extra... Pesando no aeroporto uma das malas tinha 23 kg e a outra 29 kg.(dentro do limite de 32 kg!) Vale lembrar que vou viajar por 6 meses! E é foda pensar em roupa pra todo esse tempo... Nós mulheres consideramos várias condições e por isso nossa mala sempre é maior (sem contar que tem muito mais detalhes que só uma simples combinação de uma calça, blusa e casaco...).
  Você também vai perceber que nas semanas que antecedem a viagem talvez você não fique tão ansiosa, mas as pessoas ao seu redor sim! Principalmente a família, que toda vez que liga ou te vê, aproveita pra perguntar como você está se sentido pela viagem, se tá nervosa, o que você vai fazer etc... Perguntas que normalmente você tá sem saco nenhum pra responder e que muitas vezes nem sabe a resposta! Afinal, você ainda não fez o itinerário completo da viagem...
  No dia anterior, para tentar adiantar o esquema de check-in no aeroporto, você o faz online porque você quer evitar filas e ficar mais tempo zanzando pelo aeroporto, até a hora de ficar na sala de embarque esperando sozinha com seu Ipod (você baixou alguns filmes para te distraírem neste momento).
  Por fim, sua última noite em casa, o último jantar, a última vez que você vai ter uma discussão com a sua mãe (no mesmo ambiente... a webcam está ai para isso), última dormida na cama... de novo só daqui a seis meses...parece muito...mas as vezes você fica em dúvida se não é pouco...afinal passa bem rápido...