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quarta-feira, 10 de agosto de 2011

5º dia, 27 de junho - Roma


10h30, hora do check out e de caminhar até o próximo hostel, que não era longe, maaas, os 15kg nas costas fazem toda a diferença. Acho que foi nesse momento que pensei em comprar uma maleta de carrinho, dessas de cabine, para poder dividir o peso de tudo que ia ser comprado pelo caminho e do que já havia sido (rs) Dío, a Itália é uma tentação.
  Bom, a argentina também acordou e tomamos café juntas, decidimos que iriamos nos fazer companhia para passear pela cidade. Por que não, não é mesmo? Quando se está sozinha uma boa companhia e sempre bem vinda. Começamos o tour pelo Coliseu, Que puta calor! Dentro parecia que estava fervendo. ah, mas claro, não é tão fácil entrar, primeiro tem que enfrentar a filinha de uns 50 minutos Até chegamos a considerar aceitar a proposta de alguns guias oficiais que pegando 24 euros não enfrenta fila e tem tour guiado, pero, o normal custava 12 e a argentina tinha um livro desses lonely planet (rs) então fomos na raça mesmo.
  Conversando o tempo passa rápido, então foi sussa… só não tava sussa o calor lá dentro como já comentei. Já dentro do Coliseu pensei que loucura que deveria ser aquilo quando funcionava, a estrutura é gigantesca. Depois de passar um tempo ali visit Amos também todo o pacote, o Paladino, uma grande área com muitas ruínas.
  O sol estava escaldante, precisava de água, mas não via nenhuma fonte por perto, e claro, tinha gente que se aproveitando disso, como as barraquinhas próximas que vendiam garrafinhas de 300 ml por 2,50 a 3 euros!! Outro detalhe, no supermercado custa não mais que uns 40 centavos! Bom, comprei né, não podia ficar desidratada, mas não nego que pensei em deixar pra lá. (rs)
  Já com água em mãos, entramos na segunda parte do passeio, um lugar ‘mega gigante’ com ruínas, jardins, e uma fonte de água... (rs) De qualquer forma, no total acho que o tour completo durou aproximadamente quatro horas! Cansados até aqui? Aguentem um pouco mais, pois o dia ainda não acabou, está só na metade.
  Saindo dali, comemos um panini e uma salada bem caprichados, e então andamos pelo corso, avenida, principal. Plaza Espanha, Polopolou, Fontana di Trevi e Pantheon, desses, o que mais vale a visita é a fonte, os outros são interessantes, mas nada comovente.
  19h30, hora de ir rumo ao hostel, hoje teria um jantar free por lá, feito pelo indiano gerente do albergue. Chegamos quando a comida já estava quase pronta e por acaso conhecemos outros quatro sul-americanos, todos viajando sozinhos. (destino?)
  Então, o grupo que antes era composto só por mim e pela argentina, ganhou outros 3 conterrâneos dela e um chileno. Todos ‘muy buena onda’, ‘gente boa’. Conversamos enquanto comíamos e depois também, só mais tarde, por volta da meia noite é que saímos juntos para levar a argentina a seu hostel, mas, antes, decidimos dar uma volta no Coliseu e aproveitar para tirar umas fotos noturnas, o que foi bem divertido. Fim do dia.

domingo, 17 de julho de 2011

4º dia, 26 de junho - Florencia e Roma


  Falei que fui dormir né, pois então, não muito bem, de madrugada começo a escutar uns zunidos em meu ouvido e coceira por todo o corpo, havia sido devorada pelos mosquitos e quanto mais eu me escondia pior ficava. Consegui fechar o olho por mais umas 2h e então desisti, tinha umas 10 picadas em cada perna, outro monte no braço e até uma no rosto! Afe, 6 horas da manha levantei e fui atras do café da manhã. Ainda bem que foi só uma noite nesse lugar, não que seja ruim, mas sem repelente, impossível.
  Bom, já tinha acordado, só me restava começar o dia, né. Após o café arrumei minhas coisas e parti pro centro, lá deixei as malas na estação e fui andar. E que andança, tinha umas 7h para ficar por ali até a hora do trem a Roma. Andei, andei, vi igreja, vi monumentos, mais igrejas e entrei no museu do Galileu, que apesar de condenado em sua época pela igreja, hoje dia ele é homenageado por esta… bom não entremos em assuntos religiosos.

  O museu do Galileu foi bem interessante, estão expostas ali algumas máquinas e ferramentas científicas desenvolvidas ao longo da história da humanidade. Outro que também entrei mas não tão legal, foi a casa de Dante, sim, aquele que escreveu sobre o céu, inferno e o purgatório.
  Falando em inferno, o dia estava lindo, mas muito, muito quente. Definitivamente, se alguém um dia pensa em ir a Florencia, há 2 coisas essenciais na mala, repelente e protetor solar.
  Apesar de andar, andar e andar, às 15h já não aguentava mais, também, já havia visitado quase todos os pontos turísticos da cidade.
  Finalmente, trem a Roma. Cheguei, muita e muita gente na estação, pelo menos meu hostel era literalmente ao lado desta, mas era só por uma noite, pois o preço da diária era carissimo, 43 euros, em um quarto feminino com 3 camas. Resumindo a história, estava dificil encontrar um albergue para 3 noites direto então peguei 1 neste e 2 em um outro recomendado por amigos. No fim, o que eu paguei em uma noite de um, foi o mesmo que as outras duas! - Claro, não vou esconder o fato que neste outro hostel seriam 10 camas em um quarto, mas é só um detalhe (rs) -
  Voltando, no meu quarto tinham outras 2 meninas, uma argentina e outra australiana. Essa em pouco iria sair para jantar com uns amigos que havia feito no hostel e me chamou para ir junto, por que não? - taí uma filosofia muito boa, a do 'por que não?'. Então, fomos a um restaurante, claro que italiano, mas tentamos fugir dos muito de turistas, próximos a estação, para isso, caminhamos um pouquinho até encontrarmos um com cara de simpático e com cheiro bom saindo dos pratos nas outras mesas. Sentamos em uma do ‘balcão’ - algo que eles costumam montar na calçada-rua. - O garçom veio tirar nosso pedido e nos sugeriu o porcini, uma espécie de fungo, não tinhamos nada a perder, e não perdemos mesmo, estava uma delícia! Depois fomos a um barzinho próximo e ficamos conversando, até não muito tarde pois todos estavam cansados a assim voltamos ao hostel para dormir.

3º dia, 25 de junho - Milão e Florencia


  Hora de se despedir da polonesa, fui com ela até o ponto do bonde. - Mas também era meu dia de partida, então tinha que aproveitar as últimas horinhas.-
  Há alguns dias um amigo do Brasil me avisou que ele e seu pai estariam por estes lados, logo, havíamos combinado de nos encontrar em algumas horas.  Porém, ainda tinha uma hora até eles chegaram, então o que fiz foi comprar um bilhete de transporte para o dia todo - que valia a pena - e peguei um bonde para fazer o caminho até seu destino final e voltar, dessa forma poderia conhecer toda uma parte da cidade que ainda não havia visto. Saí algumas vezes para tirar umas fotos, entrar em loja e tal e pronto, agora hora de encontrá-los.
  Do hotel deles saímos para andar, mas no caminho fomos seduzidos por uma pizaria deliciosa onde paramos para comer um pedaço. Dalí, caminhamos até a praça Duomo - nome também de uma Catedral gigante - No caminho, novamente paramos, dessa vez estrategicamente para um sorvete.
  Já na praça, perto tem uma galeria muito antiga, com uns desenhos no chão, entre eles o de um touro, que muita gente vai ali só para pisar em seu saco. Isto mesmo, você entendeu, pisar no saco do touro, é que dizem que traz sorte… vamos ver, mal não faz (rs)
  A hora foi passando, e com ela chegou o momento de voltar ao hostel para pegar as malas e ir a estação de trem... em algumas horas estaria em Florencia.
 18h, o trem chegou nesta pequena e simpática cidade. Como boa turista fui direto ao posto de informação e perguntei como chegar ao meu hostel. Para meu deleite, ela soltou um ‘hum’ - mas não um ‘hum’ bom, era mais do tipo, ‘que merda’ (rs) - e continuou ‘então, é um pouquinho longe”… eu já meio com o 'cú na mão', pensando que o lugar seria uns 40 minutos ou mais, pergunto quanto tempo de distância e ela diz que são 20 minutos de ônibus. - Senhora, 20 minutos não é algo ‘longe’, é afastado do centro, com certeza, mas dizer longe é meio exagero - Bom, antes eu não tivesse ficado tão animada, neste momento acho que meu destino disse, ‘vamos brincar com ela um pouco’. A atendente me mostrou no mapa onde eu teria que pegar o busão. Segui suas instruções, mas talvez não tenha prestado muita atenção no caminho. Procurei, procurei e nada da parada do número 11, perguntava e ninguém tinha a capacidade de me mostrar onde era, então andei.
  Andei, andei, até que o puto passou por mim! Ai que raiva, e como não era dia de semana, certeza que a frequência era bem menor… Bom, caminhei mais um pouco seguindo o caminho que ele fez e, com meus 15 kg de peso extra nas costas, cheguei no que seria a segunda parada da linha. Ali tive que esperar mais uns 20 minutos até o próximo.
  1h depois de ter chegado a cidade, finalmente paro no ponto do hostel e para alegria geral da nação o que descubro? Que o hostel também é um espaço de camping e que os dois estão dentro de uma ‘reserva florestal’. Nisso, mais 10 minutos de caminhada em uma subida… que medo do que poderia vir. (rs) Mas, quando cheguei, até que era bem bonito e organizadinho, era um casarão que foi transformado em albergue.
  Quarto grande, água quente, tudo parecia perfeito. Resolvi deixar as coisas ali e já sair para ir ao centro dar uma volta. - Em Florencia só iria ficar essa noite, então tinha que aproveitar. - Chegando ao centro, o entardecer estava maravilhoso, um pouco de sorte afinal tive, na cidade era dia - ou melhor, noite - de uma festa típica, chamada festa do branco. Com isso, todo o comércio estava aberto e havia diversas barracas de comidas típicas, roupas, etc.
Mais tarde voltei ao hostel e - depois de fazer uma trilha par achegar lá - tomei banho e fui me deitar.

2º dia, 24 de junho - Milão


  Saímos por volta das 11h e caminhamos pelas ruas da cidade. Fomos pelo caminho do castelo e passamos por seu imenso e bonito jardim. O dia estava lindo, muito, muito sol, uns 35ºC. Comemos algumas coisas na rua, entre pizzas, kebabs, sushis e foccacias.
  No fim de tanta andança, ela queria pegar o metro ou algum transporte público, mas eu disse que iria a pé, apesar de um pouco contrariada, fez o caminho comigo. Chegamos ao hostel para uma paradinha estratégica, quer dizer, de minha parte, eu não queria ficar muito tempo ali, o sol ainda estava forte, eram umas 17h, o dia só fica escuro lá pelas 22h, logo é possível aproveitar muito.
  Então, por fim, ela decidiu que viria junto, com um pouco de incentivo meu dizendo que ela ainda podia entregar currículos em algumas das lojas do caminho. (rs) Andamos pelo corso Buenos Aires, uma avenida de muitas lojas e movimento. Depois seguimos até um parque que tem o nome de Da Vinci, ali paramos por um rato para descansar. Agora sim, já cansadas de tanto andar, nos rendemos a um bonde, desses antigos mesmo, que ainda circulam em algumas rotas da cidade.
  Lá pelas 23h, seu amigo novamente nos levou para sair, mas, dessa vez, trouxe um amigo consigo… não muito meu tipo (nada meu tipo) - e não que eu tenha um tipo, claro e definido, pode ser moreno também. (rs)
Mas, resumindo, com certeza ele era do tipo só para conversar, e quero dizer só conversar mesmo.
  Fim de noite, ele nos deixou no hostel e assim essa foi minha última noite em Milão.

1º dia, 23 de junho - Milão

  Acordei cedo, tinha que pegar o 1º ônibus de Murcia a Alicante, às 7h! Detalhe que fui dormir às 5h...
  Malas prontas, mas sempre aquela sensação de que alguma coisa ficou pra trás.
 Cheguei à rodoviária, alguns amigos estavam por lá, no mesmo voo estavam voltando a casa 2 italianos erasmus. Lágrimas na despedida, mas a certeza de que um novo começo vem.
  Já no aeroporto, 3h me separam de Milão, e do início do meu mochilão! Não é a primeira vez que viajo sozinha, mas sem dúvida a de maior duração. Porém, tenho certeza que não serão muitos momentos 'alone', experiências anteriores foram boas, tive a sorte (?) de conhecer pessoas legais e interessantes, tanto para só conversar como para explorar a cidade.
  Cheguei a Milão. O aeroporto é um pouco longe da cidade, mas um dos amigos italianos me deu uma carona até a estação de metrô. Bom, chegando lá foi uma mescla de sentimentos. Um pouco de medo, pois a partir dali estava entregue as minhas mãos! (rs) tudo agora só depende de mim, mas também feliz, porque começou a viagem da minha vida (até agora).
  O albergue. Quer dizer, mais um b&b, bed and breakfast sem o breakfast!(rs) ficava numa localização ótima, ao lado do Corso Buenos Aires, perto do metrô e da estação de trem. No quarto, vi que dividiria espaço com mais 2 pessoas, só restava saber quem!
  Dei uma descansada, ainda estava sob o efeito de uma noite mal dormida. (ah! mas antes de qualquer coisa, muito importante, tem que avisar a mamãe que está tudo bem - rs).  Algumas horas depois, alguém abriu a porta, era uma outra chica e, como dois bons exemplares de mulher, começamos a conversar (rs).
  Ela é Polaca, mas mora na Itália há uns anos. Muito simpática, porém um pouco louquinha também, ah, e uma chaminé de tanto que fumava (rs), mas acima de tudo uma divertida companhia.
  Saímos para ir ao mercado e nisso ela me contou que estava na cidade para buscar em emprego - o que esta meio escasso na parte sul da Europa. - Compramos algo para comer - prociutto e queijo, além de duas garrafinhas de Baccardi, tipo uma Smirnoff ice (rs) curti.
  Mais tarde, ela me chamou para sair com ela e seu amigo. Bom, não vou mentir, estava um pouco apreensiva, e com um friozinho na barriga, muitas coisas passavam por minha cabeça, principalmente aquilo que escutamos sempre de nossos pais, não confiar em estranhos… mas dei um voto de confiança, afinal, não adianta viver a vida achando que todos querem te fazer mal…
  A noite, no fim das contas, foi bem legal, e o seu ‘casinho’ (rs) que era italiano, nos levou em um bairro lá da cidade meio famosinho e movimentado. Voltamos por volta das 3h...

domingo, 10 de julho de 2011

O final, para um novo início.

   Última madrugada de Badulake, muitos amigos já partiram e outros que se vão muito em breve.
  Cheguei a casa, como de costume em dia de festa, às 4h da manhã, mas não é a mesma coisa, sei que chegou a hora de dizer tchau a este período tão intenso de minha vida (so far).
  Foram 5 meses que passaram rapidamente e que deixaram um gostinho de “quero mais” afinal, dizem por aí, que o homem é um ser insatisfeito por natureza. E acho q este é um dos nossos grandes diferenciais para os outros animais, pois nossa inteligência por si só, não significa nada, ela vem do fato de sempre querer descobrir mais, vem da curiosidade, que é o que nos move.
  Mas, o que são 5 meses em quase completos 25 anos de vida? Uns 20% (rs), mas não se compara com o tanto que passou, pessoas que conheci, lugares novos, que agora estão em minha memória, e dessa vez não somente por ver em documentários programas ou filmes, eu fui, vi , cheirei, senti esses locais que antes pareciam tão distante.
  Agora sei que um intercâmbio é muito mais do que só estudo, ou festa, como muitos pensam. Claro que estudo é uma parte muito importante, afinal, é o ‘motivo’, mas a realidade é que com todas as mudanças e situações que vem pelo caminho, passa a ser um coadjuvante, uma parte do dia que está lá para fazer você se lembrar de alguns deveres. Afinal, não há prazer sem primeiro cumprir com as obrigações. Além disso, me veio a mente que se fosse quantificar um intercâmbio, diria que 70% é de crescimentot pessoal e os outros, profissional. Não que eles estejam separados, mas um reflete no outro e, neste caso, penso que o pessoal reflete mais no profissional.
  Pensando com meus botões, resolvi pontuar as ‘situações chave’ dessa minha estância na Europa.
1- Chegada em Murcia
Momento que caiu a ficha de que tudo de ali em diante iria depender somente de mim, não teria ninguém (pais) para me ‘controlar’ sempre (apesar de que nos primeiros meses as solicitações no skype eram diárias-rs). Além disso, um frio do caramba, que foi diminuindo, bem aos poucos, com o passar dos meses.
2- Primeiro contato com outros estudantes
Graças a minha companheira de piso super fofa e simpática, conheci as 1as pessoas que me fizeram sentir bem vinda. Ademais, por um deles conheci as pessoas que viriam a ser ‘meu grupo’ de amigos.
3- Primeiras semanas de aula
Conhecer os professores, o conteúdo da matéria, etc. Neste período fiz 3 disciplinas, Marketing Internacional, Sistemas e processos de RP e PP e Produção de programa em televisão.
A primeira era na faculdade de economia, e foi um pouco pesada pelo conteúdo, por ser mais atrelado à parte administrativa, porém muito importante para ter uma visão mais ampla e não somente sob a ótica da comunicação. A de sistemas e processos foi a disciplina do professor responsável pelo intercâmbio. As aulas foram boas, e mostraram a realidade das agências e dos serviços de comunicação na Espanha. Por ultimo, mas não menos importante, produção de programas em televisão, uma disciplina 30% teórica e 70% prática. O trabalho do fim de semestre foi produzir um programa e, além de atuar como personagem em um dos quadros, fui ‘cameraman’! Esta foi a mais divertida e interativa das disciplinas.
4- Viagens a outras localidades
Começou em grande estilo por Granada, em um fim de semana organizado pelo grupo de estudantes locais especialmente para os intercambistas, ESN. Depois, a segunda viagem foi à Barcelona, no início de março, quando fui participar do Global Sports Forum, onde conheci muitos profissionais e as palestras foam excelentes.
Além desses, na Espanha também conheci Valencia e Cartagena. Ah, teve também IBIZA! Novamente organizado pela ESN. Como me esquecer dessa semaninha louca de festas e praia, foi sensacional, me senti em um ‘Porto Seguro’, viagem de formatura do colégio, só que de luxo - e seis anos depois... - (rs) Baladinhas famosas, festa na espuma, na praia, no navio, resumindo, festa em tudo, foram mais de 2000 intercambistas de toda a Espanha, adorei.
Na semana santa, passei uma semana em Portugal, visitei Lisboa, Coimbra e Porto. Sem muito intervalo, 2 dias depois de voltar a base ‘Murcia’ (rs) fui a Londres bem no fim de semana do casamento real!
5- Estagiar no serviço de comunicação da Universidad
Foi legal, apesar de ter que acordar cedo e diminuir minhas horas de festa durante a semana (rs) Com o estágio pude passar mais tempo em contato com profissionais espanhóis e com a língua Espanhola. Foi também quando comecei a usar o twitter, que por sinal, abandonei essas semanas, pois sem ter um celular com internet fica difícil manter constantemente atualizado…
6- Reencontro com meus pais
Sim, eles vieram me visitar, aproveitaram a desculpa para poder viajar nas férias.(rs) Encontrei com eles em Amsterdam e dali partimos a Madrid, Toledo e Palma de Mallorca. Claro, eles deram uma passada em Murcia, mas foram bem rápidos!
7- Despedida
Pra mim pareceu mais triste de que quando sai do Brasil… acho que se deve ao fato de que quando eu voltar, as coisas não terão mudado tanto, mas o que passou aqui não vai se repetir, há pessoas que talvez eu nunca mais veja… mas sem duvida estarão em minha memória para sempre (e no meu facebook) rs
8- Início mochilão Europa
Estou fazendo um diário de viagem! Aguardem, conforme for conseguindo passar param o computador, posto no blog.
Ps: Dia 27 de julho chegarei ao Brasil

sábado, 7 de maio de 2011

A experiência de viajar sozinha. | Destino, acaso, sorte, todas ou nenhuma das anteriores?

"Para viajar, basta existir", Fernando Pessoa.

Lisboa, Portugal
Citando este grande escritor, começo este post... que veio com muitas semanas de atraso, me desculpem, mas abril foi um mês intenso... Depois de dois fins de semana de atividades naturais, teve o Spring break de 2 semanas! Nas que fui a Portugal e Londres.
Primeiro, uma surpresa, farei um vídeo... Algo mais próximo, pra vocês poderem me ver... Ai, que saudades das minhas amigas e noites de fofocas... tanto a contar!! :)
Então fica assim, sobre os passeios contarei no vídeo, que postarei em breve e, sobre o tema do título, escrevo agora.

Viajar sozinha não foi só uma opção minha simplesmente, foi a condição que se apresentava, pois ninguém queria fazer o mesmo e, nessas horas, é melhor fazer que deixar de fazer então, fui sozinha mesmo! (rs) é interessante que muitos me perguntam.. "ai, mas sozinha, como você consegue? acho q jamais conseguiria"... 1º equivoco, jamais é muito forte, 2º - viajar sozinha não è o fim do mundo! muita gente faz... não teve um lugar que eu tenha ido desacompanhada que não tenha encontrados outros e outras na mesma situação...
Pode ser meio solitário as vezes...sim pode, mas pense nesse tempo como um tempo pra você, uma vez escutei uma frase interessante: se você não consegue conviver consigo, como outros o farão? Sem contar que viajar sozinha tem algumas vantagens.
  Uma delas é que você pode programar seu dia como bem quiser, você faz o seu roteiro... tudo bem, vocês podem me dizer "ah mas se você estiver com um amigo pode-se chegar em um acordo" claro...pode ter uma acordo. Mas com certeza alguém vai ter que ceder... e quanto maior o numero de pessoas que viaja junto, dependendo do destino, pode ser um desastre e inclusive causar insatisfações, que depois se tornam brigas...
  Como eu disse, vale lembrar que depende do destino... por exemplo, viagens turísticas, quando não se conhece o lugar visitado, são complicadas porque cada um quer visitar, passear em um lugar diferente. Mas se o motivo é só festas.. Bom, ai não tem muito o q discordar...
  Outra vantagem de viajar solo é que você fica mais aberto a interagir com outras pessoas, não que você e seu melhor amigo se fecharão em um mundinho paralelo, mas se estivessem separados, não teriam o back-up um do outro e, portanto, dependem de suas habilidades de comunicação. Fica a dica, esta habilidade é muito valorizada no mercado de trabalho! (rs)
  Mais uma coisa muito boa de viajar sozinha... e que tem a ver com relacionamentos. Você pode ate ter um roteiro prévio em mente, mas o que for surgindo, é facilmente adaptável, por exemplo, vai que conhece alguém "interessante" (rs)... seria chato deixar sua amiga(o) para curtir com essa pessoa. MAS, sozinho não tem problema, porque você não está comprometido e então pode curtir um romance de viagem! (LOL) Recomendo.
  Ok, ainda assim podem-me dizer que preferem viajar acompanhados. Legal, também gosto dos meus amigos! (rs) Mas só não tenham medo de fazê-lo! Não deixem passar oportunidades só porque não tem companhia! Nunca se sabe o que te espera... e tudo bem, acho que ser filha única também me ajudou a ser um pouco mais assim... Quando se tem irmãos, fica acostumado a ter gente por perto e tal..

  Pois bem, seguindo... Não saber o que te espera "Destino, acaso ou sorte?". O que você acha?
  Estava eu, caminhando sozinha por Lisboa, quando comecei a refletir sobre tudo que me aconteceu até agora. Isto é, desde que decidi sair do estágio em uma grande multinacional (cuja bolsa auxílio era muito boa para manter minha conta no azul sem meus pais #pronto falei) e quando apliquei para fazer intercambio no exterior.
  Não quero levantar aqui questionamentos do tipo, ‘e se’, mas tentar buscar uma explicação para o que se sucede na vida... Será que tudo que acontece faz parte de um destino? Estou sabendo que tem um filme em cartaz “Os Agentes do Destino” (Adjustment Bureau) só vi o trailer, mas fiquei bem interessada porque trata desse tema, de se há algo planejado para nós. Apesar de termos o livre arbítrio, será que isso já é calculado em nossa trajetória? Nascemos já destinados a alguma coisa? Acho que só saberemos depois que sairmos dessa.
  Por enquanto, me parece que o acaso, , uma dose de sorte, é uma boa explicação. Afinal, um cara bonitinho sentar do meu lado no avião, conhecer pessoas legais durante minhas viagens, e que talvez eu nem volte a vê-las, não sei se faz parte do meu destino, mas, sem dúvida, que por passarem em meu caminho, agregaram algo em minha vida.
  Quiçá seja isso, o destino talvez esteja nos esperando, mas são nossas ações durante a vida que nos formam para cumpri-lo. E, como temos o livre arbítrio, nossas decisões influenciam na trajetória, e por vezes pode nos afastar do objetivo.
  Bom, chega de tanta filosofia barata, né. (rs) Então, fica a dica, quando aparecer uma oportunidade,  aproveitem! Claro, considerem aquilo que julgue indispensável, mas nunca deixem de fazê-lo por medo! Um amor, uma amizade, a família, quando verdadeiros, estarão sempre te esperando, mas a oportunidade não. Depois que ela passa, pode ser que não apareça outra igual, às vezes melhor, às vezes pior, mas a vida não tem dois momentos iguais. Achei na internet – deus Google – um texto bem legal (desses que se recebe em corrente de e-mail) *rs

A vida corre como um rio. E nunca volta ao mesmo lugar. Passa por nós uma só vez
Nunca se repete. A vida tem muitos caminhos. Mas só nos é permitido escolher um. Ás vezes não somos nós que o escolhemos. Outros escolhem por nós. E muitas vezes seguimos esses caminhos. Contrariados, (como ovelhas para o matadouro, como pássaros engaiolados). Nós somos a nossa própria vida. Ela é o que fazemos dela. A certa altura olhamos para trás. E observamos que o caminho percorrido. Não nos levou ao lugar nenhum. Então rasgas-nos as entranhas. Cresce em nós uma vontade de mudar os trilhos. E a força cresce, cresce e torna-se invencível. Mudamos o nosso caminho. Muitas vezes temos que recuar um pouco. Para endireitar os trilhos. Mas tudo vale, para que sigamos o caminho que sempre quisemos seguir. Quantas vezes temos que derrubar muros. Lutar contra feras. Enfrentar monstros invisíveis. Fantasmas e medos. Mas quando o caminho é difícil. Acreditamos que no fim dos trilhos. Estará a nossa satisfação. Levantamos o estandarte. E gritamos vitória. Mas no fim da linha, está também o fim da viagem. Então apercebemo-nos de que chegar não foi o mais importante. O mais importante foi a viagem.
R.M.Cruz

quarta-feira, 30 de março de 2011

Explorando Barcelona e Valencia

  Março foi um mês intenso, começou com o passeio a Cartagena, um carnaval diferente. Depois, no mesmo fim de semana, uma subida até a imagem do Cristo de Monteagudo, aqui em Murcia e, na semana seguinte... Barcelona!
  A cidade é encantadora, me fez lembrar o Rio, respira a esporte e é super turística. Minha ida até lá teve dois motivos, o primeiro foi o ‘Global Sports Forum’, um evento em que profissionais do ramo esportivo entre eles agência, clubes, atletas e empresas como Adidas e Facebook discutiram os rumos e desafios do esporte. Foi animal, conheci muita gente e inclusive o Raí, o jogador mais são paulino que o São Paulo já teve e muito simpático.
  Fiquei 4 dias inteiros por lá, de quinta à sábado, sendo que nos dois primeiros, foi o fórum. Na sexta, sai com um amigo, Russo, que conheci no fórum e uma amiga sua, Polaca, que por sua vez levou outra amiga, uma francesa super simpática e que adora o Brasil. No fim, fomos todos de tapas em Barcelona e bebemos Grappa... ô negócio forte, lembra pinga só que é feito de uva.
  No sábado, muita, muita chuva, o dia inteiro, como Sampa naqueles diaS em que a água não dá trégua. Mas, fazer o que, colocar a bota impermeável, a capa e ir bater perna. Nesse dia, uma amiga que se casou ano passado e veio morar em Barcelona me fez companhia, e foi minha guia turística. Saímos do meu albergue, que era muito bom (Barcelona Urbany #ficadica) e caminhamos até a Basílica da Sagrada Família. Depois, seu marido nos levou até o parque Guell, também de Gaudí, impressionante as formas que este artista desenvolveu. Por fim, nos deixou perto do centro onde caminhamos ainda mais, até a estátua do Colombo, que aponta para as Américas.
 Domingo. Um dia maravilhoso! Nem a previsão esperava um dia com tanto sol e céu azul. Andei muito, coloquei depois no googlemaps e no total caminhei uns 10 km, em 5h, hehe afinal estava de turista. Para terminar o dia, estava sentada com meu netbook na área de convivência do albergue, quando um australiano muito simpático veio conversar comigo, mas já era meu último dia em Barcelona e assim, dormi cedo, pois, na manhã seguinte, cedinho fui ao aeroporto para voltar à sossegada cidade de Murcia.
  Uma semana depois, fui a Valencia, nas Fallas, uma grande festa que acontece na cidade em celebração ao dia de San José, o santo dos carpinteiros e por isso, uma das marcas desta celebração são as diversas alegorias (Fallas) que constroem em alguns cruzamentos da cidade. Estes monumentos são todos feitos de madeira, e com muita riqueza de detalhe, pois sua temática tende a ser crítica, me fez lembrar a ‘malhação de Judas’ que acontece no Brasil. Mas a matéria prima não é só um detalhe, tem uma razão, depois de uma semana, que é quanto dura as comemorações, todas as Fallas são queimadas em um ritual chamado de Cremá, vulgo cremação. Mas o negócio é mieo sem noção porque as estruturas são montadas muitas vezes entre prédios residenciais e perto de fios elétricos.
  Sim, eles são loucos, tanto que cada Falla tem um horário para queimar, pois os bombeiros precisam estar presentes, com a mangueira para conter o fogo. Eu assisti a duas cremás, a primeira estava a menos de 2 metros de um prédio residencial... Para ter uma noção, os bombeiros estavam direcionando o jato d’água para lá, e não para o fogo, porque o objetivo principal era manter a temperatura do edifício.
  O detalhe deste passeio foi, saímos de Murcia sábado, 8h, e voltamos às 6h do domingo! Das quase 24h, somente 6,5 foram no busão, o resto, caminhada pela cidade... No total? Acreditem, andei uns 15 km, mas comi bastante nesse caminho então, não sei o quanto da caminhada foi eficiente em termos de exercício. (rs) Só sei que cansou bastante, mas que foi uma experiência legal e a cidade é muito bonita, com certeza voltarei para ficar um fim de semana inteiro por ali.
  Já estamos no fim do mês e assim, na próxima semana já completo 2 meses por aqui!! Não sei para vocês, mas o tempo passa muito rápido... Abril será um mês bem corrido para mim, muitas atividades planejadas!
  Neste e no outro fim de semana, participarei de uma atividade organizada pela universidade que consiste em 4 ‘passeios’: um de barco em uma praia próxima, mergulho na mesma região, sanderismo (caminhada) em uma trilha da cidade e, por fim, escalada! Não vejo a hora... e, para fechar o mês com chave de ouro, nas semanas de festividades – aqui na Espanha são duas semanas sem aula – irei na primeira à Portugal e depois  Londres! Aguardem muitas histórias.
  Mais uma novidade, fiz um Twitter! Decidi que era hora de seguir o bando, e ser mais um passarinho azul na www. (rs) @fpvideira
... by the way, continuo odiando o frânces que mora ao lado e tem duas semanas nas quais não trocamos uma palvra, nem mesmo 'hola' #hatemyflatmate #prontofalei ...

domingo, 20 de março de 2011

A experiência de uma Tourada - por O Intercambista.

  Fala galera, tudo bem? Sou intercambista e estudo aqui em Murcia.
  Hoje, A intercambista abriu uma exceção e me deixou "invadir" o blog dela para dar uma palavrinha de como foi minha experiência em assistir a uma tourada.
  A tourada é um grande espetáculo. Arquibancadas lotadas e as pessoas muito animadas. Qualquer idéia de politicamente incorreto ficou nos protestos do lado de fora, lá dentro eram só gritos de “olé” a cada lance do toureiro.
  É um grande evento, e claramente é feito de forma bem tradicional. Antes de começar são distribuídos lenços brancos com os quais a platéia mostra-se satisfeita ou não. Marcações são feitas na arena como se fosse delimitada uma área de jogo.
  As regras são as seguintes: O touro entra e eles precisam mostrar toda a força do bicho à platéia e claro, cansar ele um pouco. Então uma série de toureiros ficam espalhados pela arena. O touro vai atrás de cada um, mas quando se aproxima eles se escondem atrás de proteções de madeira (super corajosos). Um pouco cansado e com a platéia eufórica de ver o bicho correndo feito um...um...touro (hahaha) eles iniciam a tourada. Primeiro o toureiro se exibe e então, mata o touro. Existe um Juiz que fica no alto do estádio; se ao fim ele balançar um lenço o toureiro foi bem, e assim ele pode ficar com uma orelha do touro. Mas se ele for muito bem ele balança dois lenços o que significa que ele fica com as duas orelhas. A platéia sempre balança o seus lenços e gritam "otro más" quando o juiz balança um só. 
  Para agradar a platéia vale de tudo, cada toureiro que seja mais criativo. O primeiro entrou a cavalo, era incrível o controle que ele tinha sobre o cavalo. Quando o touro o atacava o cavalo gingava como um jogador de basquete de um lado para o outro e driblava o touro, na passagem cravava uma bandeira no touro. Os outros vieram a pé. Cada um desafiava o touro de uma forma mais ousada. Um se aproximou do touro sem espada nem pano, somente com duas bandeiras, correu em direção ao touro e se atirou pro lado no último instante, cravando as bandeiras no bicho. A platéia ia a loucura. Outro, quando o touro já não estava mais tão forte, o segurou pelos chifres e ficou correndo sem soltá-los.
  De fato, o espetáculo era grande, o público super animado, e a habilidade dos toureiros inegável. Lembro-me de um que tinha um cavalo com os olhos tampados (para não se assustar com o touro, provavelmente) ele segurava duas bandeiras, uma com cada mão, e controlava o cavalo somente com os pés. Exibia-se fazendo voltas com o cavalo sem tocá-lo e então correu em direção ao touro e cravou as duas bandeiras no animal.
Muitos deles deixaram as bandeiras cair por não cravar com muita forca, e somente um conseguiu matá-lo na primeira vez que enfiou a espada; este, que era inegavelmente o melhor, não só levou as duas orelhas como a cauda do touro também.
  De bacana, fica a animação da platéia, o touro (que exatamente como nos desenhos fica arrastando a pata pra trás antes de cada ataque) e os toureiros que fazem de cada momento um teatro. Mas acaba aí. Ver o bicho se esmorecer de tanto sangrar, lutar pela vida até o final das forcas ou ser forcado a levantar-se mesmo quando se deita é uma crueldade que nos fazia parar de ver o show.
Eu entendo porque eles gostam das touradas, mas não o suficiente para apoiá-las. 

  Saímos antes do final, e tive a doce visão de vê-los destrinchando um touro que havia saído da arena a pouco.
  Foi bacana, mas depois da tourada eu disse a meus amigos "voy quedar una semana sin comer carne de ternera".
  Caso queiram ver, eu postei alguns vídeos no youtube. É só digitar “meleroviski tourada”. 
  Bom pessoal, ao contrario da Intercambista, eu sou um cara de poucas palavras, então não tenho um blog, mas sim um Twitter, se quiser dá uma olhada por lá: @meleroignacio.

O Intercambista: Lucas Melero Ignacio, gaúcho, estudante de direito que sobrevive à vida de intercambista. 

domingo, 6 de março de 2011

Carnaval... fora do Brasil

  Esse fim de semana fui à Cartagena, uma cidade fundada por cartaginenses no ano de 227 a.C. e onde está a faculdade de engenharia da região de Múrcia (rs). A cidade é muito interessante, as ruas são pequenas e o antigo e moderno se misturam a todo o momento, como no Teatro Romano, que em seu entorno tem prédios que devem ser de uns 60 anos atrás.
  Além de visitar pontos turísticos e entrar em um abrigo antiaéreo da época da Guerra Civil Espanhola, era dia de desfile de carnaval.

  Para mim, brasileira, era só desfile, o carnaval é detalhe. O esquema era o seguinte: diversos grupos de escolas de dança e também da comunidade, tem seus blocos, cada um com sua fantasia e uma ‘coreografia’ – samba no pé mesmo não vi ninguém – e um carro de som tocava diferentes músicas, mas não necessariamente de carnaval. Tocou Shakira, Chayenne, Cláudia Leite cantando em espanhol e, o ponto alto da tarde, Eguinha Pocotó! Sim amigos, tocou eguinha pocotó... essa música mesmo, que foi sucesso nos hits de funk há uns 6 anos (rs). Só me restou rir muito, pra não chorar.
  Os componentes do bloco em sua maioria eram jovens e crianças, e dois eram de terceira idade. Mas o que me chamou atenção foi o ânimo dessas pessoas, nossa, um sorriso no rosto (irônico). Estavam muitos tão preocupados em fazer a coreografia e manter suas fantasias no lugar – detalhe, estava um puta frio (2 casacos) e algumas fantasias eram top e uma saia ou algo do gênero – que se esqueceram de sorrir e mostrar que carnaval é alegria! Ok, compreensível, dado o frio que estava, eu também não estaria sorrindo. (rs)
  Mas o que vale é a intenção, algumas fantasias estavam bonitas e as pessoas nas ruas também se divertiam, muitas crianças também vestidas de seus personagens favoritos davam uma certa cara de carnaval e brincadeira para a cidade.
  Daqui a duas semanas, é quase certeza que eu vá a um carnaval maior, de Valencia. Vamos ver se por lá o negócio é mais no estilo bloco de rua do Brasil...

quarta-feira, 2 de março de 2011

O primeiro mês, já foi.

  Nossa... como o tempo passa rápido! Já faz um mês que estou por aqui, e começo a me sentir mais ‘em casa’, é lógico que faz falta, ter a presença da mamãe e sua comidinha (rs) mas até que morar sozinha não é tão assustador. Quer dizer, sozinha não estou, porque tem a minha companheira de piso (apê) irlandesa, mas não ter os pais por perto tem certas vantagens... Como sair em uma terça-feira, às 22h, e só voltar às 4h da manhã!
  Um balanço do mês... Conheci muitas pessoas novas, mas ainda tenho problemas para ligar alguns nomes aos seus donos (rs), conheci cidades novas, baladas, barzinhos, festinhas, etc...até que foi bem agitado. E, além daqueles brasileiros que conheci e contei no outro post, fui apresentada a outros mais! No fim das contas, somos um grupo de uns 10 canarinhos perdidos aqui nessa cidade que ninguém no Brasil sabe onde é. (rs)
  Ah! Tem também as aulas né... Estou fazendo três matérias, uma de PP e RP, uma de Jornalismo e outra de MKT. As duas primeiras são aparentemente sussas, afinal, são de comunicação (rs), vão ter alguns trabalhos em grupo e uma provinha no final do semestre. A de Marketing Internacional, por sua vez, que pensei que seria algo complicado, aparentemente também é de boa, o prof. parece ser tranquilo,  curte terminar a aula mais cedo! Tem só 5 alunos na classe e às vezes umas lições de casa.
  Problemas... acho que o único problema até agora é o francês que mora no quarto ao lado... já estou sem paciência com ele, puta garoto sem noção nenhuma de viver em um apê com outros seres vivos. Ok, posso estar exagerando, pois já escutei coisa pior de pessoas que também tem problemas com os colegas de piso, mas não minto. O moleque (porque é isso que ele é) não consegue deixar a cozinha limpa depois que usa, leva as coisas comuns pro quarto dele e deixa por lá, e faz cara de cú quando pedimos para descer com o lixo!
  Eu estou aqui há só um mês, mas a outra menina divide o apê com ele desde setembro e também já está enfadada (brava). Bom, o que eu posso contar é o que vivi até agora. Para começar, toda vez que eu chego na cozinha, tem coisa suja na pia (inclusive neste momento em que estou escrevendo), tipo, é chato lavar a louça sempre, sim é chato, mas paciência, vivemos em um apê que cada um, nesse caso, tem que fazer a sua parte para que as coisas comuns estejam sempre em ordem. Ele não sabe o que é isso... Logo na minha primeira semana, ele foi viajar na sexta e deixou uma pilha de louça na pia, entre elas, panelas e copos, que são utensílios que também podemos precisar. Eu me recusei a limpar, assim como a irlandesa, deixamos ali até que ele voltou, e ela deu uma bronca nele. Funcionou por duas semanas, agora já tá folgando de novo.
  A dona do apê já me perguntou umas três vezes o que eu achava dele, e estava respondendo que tudo bem, que não estava tão ruim assim, mas essa semana foi o fim da picada. (rs) O malditinho tem um banheiro que é só pra ele, eu a irlandesa dividimos o outro que é maior... bom, a luz dele queimou na quarta, desde então, não sei como ele foi ao banheiro no escuro! E isso vale para a namorada dele, que esteve aqui pela semana e também usou o banheiro sem luz! – qual o problema dessa gente? – voltando, eu fiquei quieta, sabia que tinha uma luza nova na dispensa, mas quis ver até onde isso ia, pasmem, era domingo e ele não tinha comprado uma luz nova para colar ali, e nem teve a inteligência de procurar na casa. Então, um casal de amigos que veio passar uma noite aqui, no quarte dele (zona), a menina veio me perguntar se podia usar o meu banheiro porque o outro não tinha luz... ah, tenha dó né! Aí não aguentei, peguei a merda da lâmpada da dispensa e coloquei na mão dele e disse: “pra você trocar a luz do seu banheiro”, idiota – não, a parte do idiota eu só pensei mesmo, mas deu uma puta vontade de falar – como se não bastasse essa história, ainda tem mais...
  Triangulo das bermudas: isso é o quarto dele, que ódio! Tudo que a gente não encontra é porque está ali. Semana passada a tesoura que fica na gaveta da cozinha sumiu.. perguntei aos dois se tinham visto, disseram que não... Até que o mimadinho, volta do quarto e diz: “aqui está, estava em mi habitación”, tesoura recuperada. Há alguns dias, acordei, tomei meu café e fui lavar a louça...onde estava a esponja... ele já tinha saído e eu, com já imagina o paradeiro, fui dar uma olhada, sim, estava no quarto dele em cima da mesa...o que estava fazendo lá? Prefiro não pensar nisso, lavei com sabão e água quente... ah! Mas só depois que ele chegou em casa e eu, inocentemente perguntei: “Chico, has visto la esponja?” ele fez uma cara de cú (pra variar) e disse que não sabia e então eu retruquei, “no está em tu habitación?” pronto, ele foi lá e devolveu a esponja. Como se não fosse suficiente, ontem ele vem perguntar para nós onde está o telefone – detalhe, tá sempre no quarto dele, não sei com quem ele tanto conversa maldito – e eu respondi: “deve estar no seu quarto, não?” Ai ele foi, procurou e voltou: “não achei”, e eu, com toda minha Inteligência, disse para ele ligar para o telefone e buscar pelo som. – tive que levantar da mesa, que estava jantando, porque o esperto não tinha o telefone da nossa casa! – ele ligou... e adivinhem onde estava? Na merda do quarto dele escondido em algum lugar!! – ai que ódio – desculpem o desabafo.
  Como vocês podem ver, e eu lamento por isso, foi um post mais de desabafo e compartilhamento da angustia (rs). Mas acho que pra quem tá de fora, deve ter dado risada da história. Eu daria, se não fosse comigo!
  Daqui a uma semana, visitarei Barcelona, e com certeza farei um post melhor que esse! (rs) pelo menos com histórias melhores.
  Aproveito pra avisar que nos próximos dias, um amigo intercambista contará sua experiência em uma tourada. Ele é um dos brasileiros que está aqui e, junto com seu colega de piso e também brasileiro, estamos super ‘brothers’. Por isso, emprestarei esse espaço a ele. O bom, é que vocês irão ler um relato que eu não farei, pois não irei a uma tourada...

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

- Intercâmbio cultural

Viajar é muito mais que somente sair do seu local de moradia, viajar para onde quer que seja, pressupõe estar aberto a conhecer e absorver novas informações, você dá e também recebe, no bom sentido da frase (rs). E é o que torna esta atividade tão atrativa, pois não podemos nos contentar com nosso pequeno mundinho diário... bom, isso foi só uma introdução para o post...queria começar com um pensamento profundo (rs).   Tem uma coisa que sempre me intrigou, e que era um pouco revoltante quando escutava de vários amigos meus, que já viajaram, de mochilão ou intercâmbio. Que os europeus e norte-americanos têm uma visão completamente distorcida de nós, que acreditam que vivemos com macacos, todos em uma floresta quase como na savana africana. Descobri que é verdade.
  Ok, ninguém chegou pra mim e perguntou se tem macaco no meio da rua... Ainda bem! Porque eu sinceramente não sei que cara ia fazer para essa pessoa. Mas caramba, é tenso ver que aqueles que temos como ‘primeiro mundo’, mais desenvolvidos, etc. sabem muito pouco do mundo! Poxa, o Brasil não é mais um paisinho da América do Sul, é O País, por diós, fomos capa da The Economist! que não é uma revistinha qualquer... será que eles leem esse tipo de coisa ou veem somente seus pequenos territórios...
  Ainda tem mais essa, quando eu comentei que só na cidade de São Paulo (Grande SP) tem quase 20 milhões de habitantes, o pessoal meio que não acreditou! (rs) acham que suas cidades com 5 milhões de hab. são grandes... O mais impressionante foi que descobri que eles não têm aula de geografia como nós temos... não aprendem nada sobre clima, produção, etc. de outros continentes. Olha, o Brasil tem muita coisa errada e muitas outras a melhorar, como o acesso a educação boa para todos, porém, vejo que nosso ensino de humanas é muito mais completo do que eles tem aqui.

  Ah! E tem o clássico, ‘no Brasil não se fala espanhol?’, essa eu já tive que escutar. Também percebi que muitos acham que todos os países da América do Sul são como Bolívia ou México, tudo meio desorganizado, terra sem lei, etc. Vale ressaltar que as coisas aqui são muito organizadas, quer dizer, eu acho isso aqui da Espanha, a galera que é de outros países da Europa acha aqui uma bagunça... realmente eles não conhecem o Brasil, que para nós parece organizado, considerando o caos das cidades grandes na Am. do Sul e de nossos 'maravilhosos' políticos. É gente, ignorância é algo crônico no mundo (inclusive no Brasil).
  Pelo menos a galera é muito aberta a escutar, e demonstra interesse em saber mais... No fim, isso é o que conta. Além do que, todos que conheci até agora, foram muito simpáticos e receptivos.
  Choque cultural? acho que o choque que tive foi do frio que faz aqui (rs) e de grande parte do comércio fechar pela tarde (ciesta), algo meio inimaginável para cidades como Rio e Sampa. Ah, estou vivendo em uma cidade pequena, com população menor que a de São Bernardo do Campo! é, acho que foi um leve impacto. (rs)
  Mudando de assunto, no fim de semana fui à Granada, uma cidade com muita história! Povoada desde o séc. VIII a.C, passou pela mão de muçulmanos, judeus e cristãos, estes últimos, destruíram muitas construções que existiam dentro da Alhambra, um palácio de cor vermelha construído pelos sultões muçulmanos e utilizado como fortaleza pelos povos que sucederam.
  Mas uma viagem não é só ponto turístico não é mesmo, tem que comer a comida local, burguer king (rs) mas foi só uma vez, o grupo queria ir novamente, mas consegui convencê-los de comer um menu mais saudável em algum restaurante. No fim das contas, jantei e almocei Paella, foi primeira vez desde que cheguei! Adoro.
  Não se pode esquecer que uma viagem também tem saída noturna! Infelizmente, na sexta feira, tive que ficar no hotel, a esperta aqui foi nadar durante a semana e não levou o secador de cabelo, algo não muito inteligente considerando o frio que fazia... Bom, pelo menos no sábado já podia sentir o gosto das coisas, pois é, na sexta feira não conseguia nem saborear o que eu comia! Fiquei totalmente sem paladar, algo que me deixa muito frustrada, pois minha memória olfativa é muito boa! E eu adoro comer – sem conseguir respirar pelo nariz não há como sentir o sabor.
  Voltando: sábado, Balada!! Estava muito frio na cidade (fica próxima de uma montanha de neve) mas dentro sempre é quente então, uma blusinha sem manga e um puta casaco por cima. Fomos para o ônibus que ia nos levar... Começou a chuviscar na cidade, frio x2. Mas, who cares, balada! (rs) O busão nos deixou em uma rua em algum lugar da cidade e tivemos que seguir andando. Pelo menos a vista era bonita, dava para o castelo. No caminho, percebi que o grupo de argentinos que também veio na viagem estava próximo (como eles causaram durante a viagem! Parecem até brasileiros quando estão juntos), não podia deixar passar né! Até porque tinha um, que não era nada feio (rs). Então falei, ‘argentinos boludos’, algo que se dito entre amigos não pega nada mas pode ser considerado ofensivo. Mas quando falei que era brasileira, eles nem ligaram muito, só tivemos a básica discussão ‘Pelé ou Maradona’ (rs).
  A balada: muito legal o lugar, cheio de estrangeiros (algo normal porque é uma cidade com muitos universitários), a música era muito boa, só comercial (rs) como foi um pacote fechado para estudantes, a entrada dava direito a uma bebida, fiquei no basicão, refri e vodka. Depois, como ainda estava resfriada e não queria abusar, decidi tomar mais alguma coisa... ao preço de 1 euro, tinha dose de vodka, tequila ou jellyshot...hum...fiquei com a tequila! Ui, deu uma boa esquentada. Saldo da noite: Boa música, bebida e dança! Ah, dancei bastante, em especial quando o argentino, gracinha, veio puxar um papo e chamar pra dançar... Momento de intercâmbio cultural não é mesmo? (rs)

domingo, 13 de fevereiro de 2011

– Conhecendo pessoas e sobrevivendo

  Logo que cheguei meu primeiro contato foi com a senhora que aluga o quarto, muito simpática e prestativa, ela que foi me buscar no aeroporto... mas cobra caro pelo apê. Chegando ao prédio, estava o francês, que vive no quarto ao lado. Um tipo meio estranho, na dele, hum... resumindo, alguém não tão expansivo. Há também uma terceira pessoa no apê, por sorte, uma irlandesa simpática, e do tipo que fala bastante! (rs)
  No dia seguinte, após dar uma caminhada pelos arredores e ir até a faculdade buscar os documentos, ela me chamou para sair e conhecer os outros intercambistas.
– O esquema aqui é o seguinte: Na Europa existe um tipo de intercâmbio que se chama Erasmus, este esquema move alguns milhares de estudantes pelo continente e a maioria da galera já está aqui desde setembro. - O que deu para perceber é que são poucos os intercambistas que tem amigos da cidade, locais, o pessoal acaba ficando mais com os outros estrangeiros.
  Tirando a parte boa que é ter contato com estudantes de vários países aqui da Europa, acaba que grande parte do tempo fala com pessoas cujo espanhol não é a primeira língua então você tem que aproveitar para escutar o professor durante as aulas e a televisão. Tô assistindo a ‘Simpsons y 2 hombres y medio’ em espanhol!hahah é meio zuadinho mas é melhor assim que falar mais inglês que espanhol (rs) considerando que escolhi vir para a Espanha, não é mesmo?
  Depois de ficar quase duas semanas sem conhecer nenhum brasileiro ‘tava demorando porque brasileiro é praga’ (rs) conheci um grupo de estudantes de Porto Alegre. Estavam todos em um bar que é conhecido por concentrar a galera intercambistas (ainda tem mais essa, um bar para o pessoal Erasmus).
  Ritmo da galera – Sim, eu sei que pedi uma balada, mas ainda estou me acostumando com o ritmo, a partir da terça feira, todo dia é dia para sair... e como tudo começa mais tarde, o pessoal fica até umas 4h da manhã durante a semana!! Imagina que faria isso em Sampa... Uma que meus pais iam chiar pra caramba, outra que eu não ia aguentar por muito tempo (rs)
  No fim das contas, acho que o saldo está positivo, conheci muita gente, que ainda estou tentando guardar os nomes, e que parecem ser legais. Vamos esperar para ver os espanhóis que fazem aula comigo... A primeira semana foi só de apresentação, então a galera que já sabe , não se dá o trabalho de ir... Isso me faz lembrar muito um lugar que conheço... (rs)
  Bom, de resto, já faz uma semana que tenho cozinhado para sobreviver! Claro que é mais econômico e saudável fazer comida em casa, mas tenho que admitir, como dá preguiça de fazer comida... se o estômago não falasse mais alto, acho que eu passaria algumas refeições. (rs) Até agora só comi quatro vezes fora de casa, duas foram mc e burguer king e as outras duas no ‘bandejão’ da universidade... pena que aqui o bandex não custa R$1,90...

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

As primeiras semanas – Descobrindo o novo território

  Chegar a um local completamente desconhecido é um pouco desconfortável, rola um friozinho na barriga, “Como serão os outros estudantes que estão no apartamento? Será q vou ficar sozinha o dia inteiro? Vou sobreviver tanto tempo?” (rs) são algumas perguntas que passam por nosso consciente e subconsciente... Mas sei lá, aos poucos estou me acostumando com o clima em geral..
  No apê tem outros 2 estudantes, uma Irlandesa simpática e um Francês meio estranho... Não é que ele seja chato ou algo do gênero, é que ele não se comunica muito com nenhuma de nós e, além disso, é bem inconveniente quando ele deixa a louça dele toda suja na pia! Ok, quando estamos em casa, com nossos pais, somos mais folgados e muitas vezes deixamos a sujeira para alguém (mãe ou diarista) limpar. Porém, quando se vive com outras pessoas e não há uma diarista nem mãe, é preciso pensar que as outras pessoas podem querer usa os utensílios comuns de cozinha e, por isso, é de boa educação que, após terminar de usá-las, deixar as coisas limpas para que o próximo faça o mesmo... No caso deste francês isso não vale! (rs) mas ele levou uma bronca ontem da irlandesa que chegou aqui junto com ele há alguns meses...ela me contou que ele é sempre assim, folgado.
  Tirando os problemas da louça, (rs) o apê é bem confortável. Tem água quente, a privada é decente e a cama é confortável... O que mais poderia querer? Um vizinho gato talvez? (rs) seria bom, mas acho q gastei minha sorte no avião!
  Ainda estou me acostumando com o frio, aqui por enquanto tem feito 5ºC depois da meia noite e 17ºC depois das 13h... até já sai só de calça jeans a tarde, sem meia por baixo! O que me alegra é que as pessoas daqui dizem que mais algumas semanas e já começa a ficar mais quente. Não vejo a hora! Sair de um verão de 30ºC e vir para uma média de 11 graus causa certo impacto na pessoa.
  Mercado – uma loja muito importante que deve estar sempre estrategicamente localizada próxima de você...felizmente tem um bem perto do apê. O preço das coisas é ótimo, inclusive, em termos de custo de vida para quem ganha em euro, aqui é muito barato. Mas, seria melhor se não tivesse que converter para Real! “nada pior que ter que ficar pensando na conversão” por isso, estou tentando abolir isto da minha consciência... ou não. (rs) As primeiras coisas que comprei no mercado? Só artigos de primeira necessidade e fáceis de preparar, leite, queijo, geleia, pão, suco, macarrão e molho. Depois, nas outras vezes que já fui ao mercado, comprei coisas típicas como lasanha congelada e carne.
  A faculdade - é uma graça, parece a minha no Brasil, tem um campus que é relativamente grande aqui para o local e tem maior parte dos cursos. Infelizmente só não tem engenharia, que é em outra cidade (rs) Mas a faculdade de economia e negócios é ao lado da de comunicação e farei uma aula por lá... Já me inscrevi na piscina do campus e darei umas braçadas por lá para não ficar parada.
  Sair à noite – mesmo sendo uma cidade pequena tem muitos pequenos bares que normalmente não cobram nada para entrar, pois o costume aqui e ficar pulando de bar em bar, o shot de qualquer bebida é 1 euro e os misturados (refri + álcool) uns 5 euros. Tem uma bebida que é sensacional, é para tomar em shot, é vodka com alguma coisa doce, parece licor, a garrafa custa uns 5 euros... Certeza q vou levar pro Brasil! Aguardem.
  Mercado – tem um bem perto do apê, o que é crucial. O preço das coisas é ótimo, inclusive, em termos de custo de vida para quem ganha em euro, aqui é muito barato. Mas, seria melhor se não tivesse que converter para Real! “nada pior que ter que ficar pensando na conversão” por isso, estou tentando abolir isto da minha consciência... ou não. (rs) As primeiras coisas que comprei no mercado? Só artigos de primeira necessidade e fáceis de preparar, leite, queijo, geléia, pão, suco, macarrão e molho. Depois, nas outras vezes que já fui no mercado, comprei coisas típicas como lasanha congelada e carne.

  Primeiro domingo longe do conforto e aconchego de casa – dei uma corridinha na avenida do rio que corta a cidade e é próxima da casa. Realmente a cidade é muito bonitinha, bem conservada e segura. À noite (à noite mesmo) - porque aqui tudo acontece depois das 17h, o comércio fica aberto até às 22h, mas tem um motivo, eles ficam a tarde inteira na ciesta! e o banco só abre no período da manhã - Fomos ao cinema ver ‘How do you know’ ou em espanhol, ‘Como sabes si...’ ou ainda em português, ‘Como você sabe’. (um dos poucos filmes traduzidos da mesma forma em várias línguas!) o filme é legal, nada muito surpreendente, mas o ponto alto de ver esses filmes aqui é: em qualquer lugar tem que vê-los dublado!! Sim, a Espanha é um país nacionalista e os filmes são todos dublados, dizem que é muito difícil encontrar um cinema que passe filme com legenda. Ah vai, nada que não dê pra viver sem durante um tempo.
  Hoje, depois de uma semana, terei minha primeira aula (espero que não seja várzea como no Brasil, rs) Espero também conhecer mais pessoas do que até agora...porque basicamente me relacionei com a menina que divide o apê comigo e com alguns amigos que ela me apresentou quando saímos semana passada. QUERO UMA BALADA!!! (rs)

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

O Voo

Não sei se acaso, sorte ou destino... Sentei no lugar que reservei, mas óbvio que havia um espaço livre ao meu lado. Logo pensei “vixi, quem vai sentar ai?” Primeiro torci pra que ninguém sentasse afinal, cadeira da classe econômica é tenso... Em um segundo momento você cogita outra boa opção, um cara gatinho, ah nada melhor que ir bem acompanhada em uma viagem tão longa e que permite boas horas de conversa... Mas você tem que ser realista, sua sorte pode não estar do seu lado então você somente deseja que seja alguém não: gordo (a) - para tirar ainda mais seu espaço, roncador, chata(o), espaçoso ou com perfume vencido.
  Bom, a sorte estava do meu lado! Já estava sentada e quase todos já haviam entrado, achei que ia ficar sozinha... ai veio vindo uma mulher... Ufa! Sentou na cadeira da frente... Logo depois notei que um cara gatinho tava vindo... torci pra que ele estivesse sentado do meu lado... Mas, pra disfarçar, continuei vendo o filme no meu Ipod...ele sentou do meu lado! Deu um ‘oi’ rápido e sentou... pois também estava escutando seu mp3. Porém, uma hora o avião tem que levantar voo, não é mesmo? E nessa hora todos os aparelhos eletrônicos tem que ser desligados... Pronto, estava ai um bom momento para puxar uma conversa... Eu já falo pouco normalmente... ficar calada jamais!
  O avião decolou... era ‘agora ou nunca’. (rs) “Nossa não dá pra entender  nenhuma instrução com este som, meio inútil né? Hehe” Pronto, assim quebrei aquela situação meio estranha de quem vai dar o primeiro passo e tal, porque conversar com ‘estranhos’ não é algo de outro mundo mas com certeza é difícil sair do zero... A cena era a seguinte: estavam passando o vídeo com instruções de segurança, porém a gravação estava péssima, com muitos ruídos e não dava pra entender nada...e ficou durante um bom tempo, pois em voos internacionais a explicação é bem maior que nos domésticos.
  Voltando ao foco, a conversa com o cara gatinho, começamos a falar de várias coisas (são 11h de voo!) filmes, esportes (ele é um atleta da seleção brasileira! só não posso revelar de que, para preservar sua id.), música, viagens, etc. Resumindo, foram praticamente 10h de conversa, ele disse que não gosta de dormir em avião...bom, eu que não ia dormir e perder um papo legal com alguém tão interessante...se é q vocês me entendem...(rs) mas na última hora de voo não aguentamos e acabamos cochilando um pouco.
  Finalmente, depois de sair de casa às 17h e pegar o vôo das 21h30 (hora de Brasília), cheguei no aeroporto de Madrid, às 8h (“), mega cansada, sem ter quase dormido mas com um novo amigo a lista de contatos. Mas quem disse que acabou? O finalmente é porque a parte mais longa da viagem estava cumprida...agora faltava a segunda e última parte! O outro voo foi às 11h. Sozinha e perdida no grande aeroporto, só me restou zanzar e arranjar alguma coisa pra comer.
  Meio dia. Agora sim, cheguei ao meu destino final. Mas, quando achei que só ia pegar as malas e me encontrar com a senhora que foi no aeroporto me buscar, quebrei a cara, como lá é super pequeno e o avião veio com no máximo umas 20 pessoas, quem não era europeu teve que abrir todas as malas...pois é, imagina colocar em uma mesa minhas pequenas malinhas de 20 e 29 kg... o cara ficou de olho grande na minha Sagatiba, ele sabia o que era, mas não podia deter! (rs)

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

O Dia D viajar

  O dia de viajar chegou, acordei cedo e dormi bem tarde, queria estar bem cansada para dormir bastante no avião...
  Tudo parece igual, mas depois que almocei a hora passou mais rápido e quando vi já era hora de sair para o aeroporto! Quem mora em São Paulo sabe que o trânsito é imprevisível e, portanto, qualquer movimentação mais afastada de sua casa deve ser planejada e feita com antecedência. Sendo assim, sai de casa às 17h para pegar o voo das 21h30!
  Cheguei ao aeroporto às 18h40... pra variar, trânsito na Ayrton Senna...bom, fui direto ao check-in para me livrar do peso... e que peso! Mesmo sem abrir o zíper extra, uma das malas tinha 23 kg e a outra 29 kg.(dentro do limite de 32 kg!). Chegando na fila do guichê da companhia aérea, pensei “já fiz o check-in, não pegarei fila” mas óbvio que o check-in eletrônico não valeu de nada e além de pegar fila a moça pegou o bilhete que eu imprimi e trocou por outro bilhete que ela imprimiu ou seja, neste caso fazer eletronicamente foi inútil e ainda gastou papel...meu papel!
  Mas o papel foi pouco... pode ser pior! (rs) A calça que você está usando pode porventura resolver abrir um pequeno buraco na costura e aí o que você faz? Corre o risco de ficar sem roupa durante o voo (que vai durar mais de 12h)? Claro que não. Então você compra uma calça igual a sua (legging) na loja do aeroporto, enquanto a sua custou uns 30 reais nesta você paga 75!! Um absurdo... Mas eles têm o produto e a concorrência no local é nula... Sim, situação de monopólio! E você que se f**** (no meu caso foi minha mãe que pagou, mas estou sendo solidária a ela) maldito buraco!
  Depois de fazer umas comprinhas inesperadas e dar uma volta pelo aeroporto pra passar o tempo, chegou a hora de se despedir dos seus pais. É uma situação estranha... Será que você vai sentir mais falta deles do que eles de você? Eu acho que não... a intensidade de ser os ‘pais’ de alguém é um pouco mais forte que ‘ser filho’...pelo menos enquanto somos novos e os pais são mais as figuras de controle do que algo equilibrado, quando já não se depende mais financeiramente deles e não se vive junto..
  Mas as situações chatas não acontecem sempre, há muitos momentos bons, só é preciso fazer acontecer e procurar o lado positivo de cada situação... Às vezes pode ser dolorosa para uma das partes, mas tudo tem 2 lados... Como essa situação de se despedir, é triste se separar, ficar afastado, mas por outro lado, estou fazendo uma viagem que não é todo mundo que pode fazer e esta experiência será muito importante para minha vida.
 Chegou a hora, entrei na sala de embarque...