Pesquisar este blog

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

5º dia, 27 de junho - Roma


10h30, hora do check out e de caminhar até o próximo hostel, que não era longe, maaas, os 15kg nas costas fazem toda a diferença. Acho que foi nesse momento que pensei em comprar uma maleta de carrinho, dessas de cabine, para poder dividir o peso de tudo que ia ser comprado pelo caminho e do que já havia sido (rs) Dío, a Itália é uma tentação.
  Bom, a argentina também acordou e tomamos café juntas, decidimos que iriamos nos fazer companhia para passear pela cidade. Por que não, não é mesmo? Quando se está sozinha uma boa companhia e sempre bem vinda. Começamos o tour pelo Coliseu, Que puta calor! Dentro parecia que estava fervendo. ah, mas claro, não é tão fácil entrar, primeiro tem que enfrentar a filinha de uns 50 minutos Até chegamos a considerar aceitar a proposta de alguns guias oficiais que pegando 24 euros não enfrenta fila e tem tour guiado, pero, o normal custava 12 e a argentina tinha um livro desses lonely planet (rs) então fomos na raça mesmo.
  Conversando o tempo passa rápido, então foi sussa… só não tava sussa o calor lá dentro como já comentei. Já dentro do Coliseu pensei que loucura que deveria ser aquilo quando funcionava, a estrutura é gigantesca. Depois de passar um tempo ali visit Amos também todo o pacote, o Paladino, uma grande área com muitas ruínas.
  O sol estava escaldante, precisava de água, mas não via nenhuma fonte por perto, e claro, tinha gente que se aproveitando disso, como as barraquinhas próximas que vendiam garrafinhas de 300 ml por 2,50 a 3 euros!! Outro detalhe, no supermercado custa não mais que uns 40 centavos! Bom, comprei né, não podia ficar desidratada, mas não nego que pensei em deixar pra lá. (rs)
  Já com água em mãos, entramos na segunda parte do passeio, um lugar ‘mega gigante’ com ruínas, jardins, e uma fonte de água... (rs) De qualquer forma, no total acho que o tour completo durou aproximadamente quatro horas! Cansados até aqui? Aguentem um pouco mais, pois o dia ainda não acabou, está só na metade.
  Saindo dali, comemos um panini e uma salada bem caprichados, e então andamos pelo corso, avenida, principal. Plaza Espanha, Polopolou, Fontana di Trevi e Pantheon, desses, o que mais vale a visita é a fonte, os outros são interessantes, mas nada comovente.
  19h30, hora de ir rumo ao hostel, hoje teria um jantar free por lá, feito pelo indiano gerente do albergue. Chegamos quando a comida já estava quase pronta e por acaso conhecemos outros quatro sul-americanos, todos viajando sozinhos. (destino?)
  Então, o grupo que antes era composto só por mim e pela argentina, ganhou outros 3 conterrâneos dela e um chileno. Todos ‘muy buena onda’, ‘gente boa’. Conversamos enquanto comíamos e depois também, só mais tarde, por volta da meia noite é que saímos juntos para levar a argentina a seu hostel, mas, antes, decidimos dar uma volta no Coliseu e aproveitar para tirar umas fotos noturnas, o que foi bem divertido. Fim do dia.

domingo, 17 de julho de 2011

4º dia, 26 de junho - Florencia e Roma


  Falei que fui dormir né, pois então, não muito bem, de madrugada começo a escutar uns zunidos em meu ouvido e coceira por todo o corpo, havia sido devorada pelos mosquitos e quanto mais eu me escondia pior ficava. Consegui fechar o olho por mais umas 2h e então desisti, tinha umas 10 picadas em cada perna, outro monte no braço e até uma no rosto! Afe, 6 horas da manha levantei e fui atras do café da manhã. Ainda bem que foi só uma noite nesse lugar, não que seja ruim, mas sem repelente, impossível.
  Bom, já tinha acordado, só me restava começar o dia, né. Após o café arrumei minhas coisas e parti pro centro, lá deixei as malas na estação e fui andar. E que andança, tinha umas 7h para ficar por ali até a hora do trem a Roma. Andei, andei, vi igreja, vi monumentos, mais igrejas e entrei no museu do Galileu, que apesar de condenado em sua época pela igreja, hoje dia ele é homenageado por esta… bom não entremos em assuntos religiosos.

  O museu do Galileu foi bem interessante, estão expostas ali algumas máquinas e ferramentas científicas desenvolvidas ao longo da história da humanidade. Outro que também entrei mas não tão legal, foi a casa de Dante, sim, aquele que escreveu sobre o céu, inferno e o purgatório.
  Falando em inferno, o dia estava lindo, mas muito, muito quente. Definitivamente, se alguém um dia pensa em ir a Florencia, há 2 coisas essenciais na mala, repelente e protetor solar.
  Apesar de andar, andar e andar, às 15h já não aguentava mais, também, já havia visitado quase todos os pontos turísticos da cidade.
  Finalmente, trem a Roma. Cheguei, muita e muita gente na estação, pelo menos meu hostel era literalmente ao lado desta, mas era só por uma noite, pois o preço da diária era carissimo, 43 euros, em um quarto feminino com 3 camas. Resumindo a história, estava dificil encontrar um albergue para 3 noites direto então peguei 1 neste e 2 em um outro recomendado por amigos. No fim, o que eu paguei em uma noite de um, foi o mesmo que as outras duas! - Claro, não vou esconder o fato que neste outro hostel seriam 10 camas em um quarto, mas é só um detalhe (rs) -
  Voltando, no meu quarto tinham outras 2 meninas, uma argentina e outra australiana. Essa em pouco iria sair para jantar com uns amigos que havia feito no hostel e me chamou para ir junto, por que não? - taí uma filosofia muito boa, a do 'por que não?'. Então, fomos a um restaurante, claro que italiano, mas tentamos fugir dos muito de turistas, próximos a estação, para isso, caminhamos um pouquinho até encontrarmos um com cara de simpático e com cheiro bom saindo dos pratos nas outras mesas. Sentamos em uma do ‘balcão’ - algo que eles costumam montar na calçada-rua. - O garçom veio tirar nosso pedido e nos sugeriu o porcini, uma espécie de fungo, não tinhamos nada a perder, e não perdemos mesmo, estava uma delícia! Depois fomos a um barzinho próximo e ficamos conversando, até não muito tarde pois todos estavam cansados a assim voltamos ao hostel para dormir.

3º dia, 25 de junho - Milão e Florencia


  Hora de se despedir da polonesa, fui com ela até o ponto do bonde. - Mas também era meu dia de partida, então tinha que aproveitar as últimas horinhas.-
  Há alguns dias um amigo do Brasil me avisou que ele e seu pai estariam por estes lados, logo, havíamos combinado de nos encontrar em algumas horas.  Porém, ainda tinha uma hora até eles chegaram, então o que fiz foi comprar um bilhete de transporte para o dia todo - que valia a pena - e peguei um bonde para fazer o caminho até seu destino final e voltar, dessa forma poderia conhecer toda uma parte da cidade que ainda não havia visto. Saí algumas vezes para tirar umas fotos, entrar em loja e tal e pronto, agora hora de encontrá-los.
  Do hotel deles saímos para andar, mas no caminho fomos seduzidos por uma pizaria deliciosa onde paramos para comer um pedaço. Dalí, caminhamos até a praça Duomo - nome também de uma Catedral gigante - No caminho, novamente paramos, dessa vez estrategicamente para um sorvete.
  Já na praça, perto tem uma galeria muito antiga, com uns desenhos no chão, entre eles o de um touro, que muita gente vai ali só para pisar em seu saco. Isto mesmo, você entendeu, pisar no saco do touro, é que dizem que traz sorte… vamos ver, mal não faz (rs)
  A hora foi passando, e com ela chegou o momento de voltar ao hostel para pegar as malas e ir a estação de trem... em algumas horas estaria em Florencia.
 18h, o trem chegou nesta pequena e simpática cidade. Como boa turista fui direto ao posto de informação e perguntei como chegar ao meu hostel. Para meu deleite, ela soltou um ‘hum’ - mas não um ‘hum’ bom, era mais do tipo, ‘que merda’ (rs) - e continuou ‘então, é um pouquinho longe”… eu já meio com o 'cú na mão', pensando que o lugar seria uns 40 minutos ou mais, pergunto quanto tempo de distância e ela diz que são 20 minutos de ônibus. - Senhora, 20 minutos não é algo ‘longe’, é afastado do centro, com certeza, mas dizer longe é meio exagero - Bom, antes eu não tivesse ficado tão animada, neste momento acho que meu destino disse, ‘vamos brincar com ela um pouco’. A atendente me mostrou no mapa onde eu teria que pegar o busão. Segui suas instruções, mas talvez não tenha prestado muita atenção no caminho. Procurei, procurei e nada da parada do número 11, perguntava e ninguém tinha a capacidade de me mostrar onde era, então andei.
  Andei, andei, até que o puto passou por mim! Ai que raiva, e como não era dia de semana, certeza que a frequência era bem menor… Bom, caminhei mais um pouco seguindo o caminho que ele fez e, com meus 15 kg de peso extra nas costas, cheguei no que seria a segunda parada da linha. Ali tive que esperar mais uns 20 minutos até o próximo.
  1h depois de ter chegado a cidade, finalmente paro no ponto do hostel e para alegria geral da nação o que descubro? Que o hostel também é um espaço de camping e que os dois estão dentro de uma ‘reserva florestal’. Nisso, mais 10 minutos de caminhada em uma subida… que medo do que poderia vir. (rs) Mas, quando cheguei, até que era bem bonito e organizadinho, era um casarão que foi transformado em albergue.
  Quarto grande, água quente, tudo parecia perfeito. Resolvi deixar as coisas ali e já sair para ir ao centro dar uma volta. - Em Florencia só iria ficar essa noite, então tinha que aproveitar. - Chegando ao centro, o entardecer estava maravilhoso, um pouco de sorte afinal tive, na cidade era dia - ou melhor, noite - de uma festa típica, chamada festa do branco. Com isso, todo o comércio estava aberto e havia diversas barracas de comidas típicas, roupas, etc.
Mais tarde voltei ao hostel e - depois de fazer uma trilha par achegar lá - tomei banho e fui me deitar.

2º dia, 24 de junho - Milão


  Saímos por volta das 11h e caminhamos pelas ruas da cidade. Fomos pelo caminho do castelo e passamos por seu imenso e bonito jardim. O dia estava lindo, muito, muito sol, uns 35ºC. Comemos algumas coisas na rua, entre pizzas, kebabs, sushis e foccacias.
  No fim de tanta andança, ela queria pegar o metro ou algum transporte público, mas eu disse que iria a pé, apesar de um pouco contrariada, fez o caminho comigo. Chegamos ao hostel para uma paradinha estratégica, quer dizer, de minha parte, eu não queria ficar muito tempo ali, o sol ainda estava forte, eram umas 17h, o dia só fica escuro lá pelas 22h, logo é possível aproveitar muito.
  Então, por fim, ela decidiu que viria junto, com um pouco de incentivo meu dizendo que ela ainda podia entregar currículos em algumas das lojas do caminho. (rs) Andamos pelo corso Buenos Aires, uma avenida de muitas lojas e movimento. Depois seguimos até um parque que tem o nome de Da Vinci, ali paramos por um rato para descansar. Agora sim, já cansadas de tanto andar, nos rendemos a um bonde, desses antigos mesmo, que ainda circulam em algumas rotas da cidade.
  Lá pelas 23h, seu amigo novamente nos levou para sair, mas, dessa vez, trouxe um amigo consigo… não muito meu tipo (nada meu tipo) - e não que eu tenha um tipo, claro e definido, pode ser moreno também. (rs)
Mas, resumindo, com certeza ele era do tipo só para conversar, e quero dizer só conversar mesmo.
  Fim de noite, ele nos deixou no hostel e assim essa foi minha última noite em Milão.

1º dia, 23 de junho - Milão

  Acordei cedo, tinha que pegar o 1º ônibus de Murcia a Alicante, às 7h! Detalhe que fui dormir às 5h...
  Malas prontas, mas sempre aquela sensação de que alguma coisa ficou pra trás.
 Cheguei à rodoviária, alguns amigos estavam por lá, no mesmo voo estavam voltando a casa 2 italianos erasmus. Lágrimas na despedida, mas a certeza de que um novo começo vem.
  Já no aeroporto, 3h me separam de Milão, e do início do meu mochilão! Não é a primeira vez que viajo sozinha, mas sem dúvida a de maior duração. Porém, tenho certeza que não serão muitos momentos 'alone', experiências anteriores foram boas, tive a sorte (?) de conhecer pessoas legais e interessantes, tanto para só conversar como para explorar a cidade.
  Cheguei a Milão. O aeroporto é um pouco longe da cidade, mas um dos amigos italianos me deu uma carona até a estação de metrô. Bom, chegando lá foi uma mescla de sentimentos. Um pouco de medo, pois a partir dali estava entregue as minhas mãos! (rs) tudo agora só depende de mim, mas também feliz, porque começou a viagem da minha vida (até agora).
  O albergue. Quer dizer, mais um b&b, bed and breakfast sem o breakfast!(rs) ficava numa localização ótima, ao lado do Corso Buenos Aires, perto do metrô e da estação de trem. No quarto, vi que dividiria espaço com mais 2 pessoas, só restava saber quem!
  Dei uma descansada, ainda estava sob o efeito de uma noite mal dormida. (ah! mas antes de qualquer coisa, muito importante, tem que avisar a mamãe que está tudo bem - rs).  Algumas horas depois, alguém abriu a porta, era uma outra chica e, como dois bons exemplares de mulher, começamos a conversar (rs).
  Ela é Polaca, mas mora na Itália há uns anos. Muito simpática, porém um pouco louquinha também, ah, e uma chaminé de tanto que fumava (rs), mas acima de tudo uma divertida companhia.
  Saímos para ir ao mercado e nisso ela me contou que estava na cidade para buscar em emprego - o que esta meio escasso na parte sul da Europa. - Compramos algo para comer - prociutto e queijo, além de duas garrafinhas de Baccardi, tipo uma Smirnoff ice (rs) curti.
  Mais tarde, ela me chamou para sair com ela e seu amigo. Bom, não vou mentir, estava um pouco apreensiva, e com um friozinho na barriga, muitas coisas passavam por minha cabeça, principalmente aquilo que escutamos sempre de nossos pais, não confiar em estranhos… mas dei um voto de confiança, afinal, não adianta viver a vida achando que todos querem te fazer mal…
  A noite, no fim das contas, foi bem legal, e o seu ‘casinho’ (rs) que era italiano, nos levou em um bairro lá da cidade meio famosinho e movimentado. Voltamos por volta das 3h...

domingo, 10 de julho de 2011

O final, para um novo início.

   Última madrugada de Badulake, muitos amigos já partiram e outros que se vão muito em breve.
  Cheguei a casa, como de costume em dia de festa, às 4h da manhã, mas não é a mesma coisa, sei que chegou a hora de dizer tchau a este período tão intenso de minha vida (so far).
  Foram 5 meses que passaram rapidamente e que deixaram um gostinho de “quero mais” afinal, dizem por aí, que o homem é um ser insatisfeito por natureza. E acho q este é um dos nossos grandes diferenciais para os outros animais, pois nossa inteligência por si só, não significa nada, ela vem do fato de sempre querer descobrir mais, vem da curiosidade, que é o que nos move.
  Mas, o que são 5 meses em quase completos 25 anos de vida? Uns 20% (rs), mas não se compara com o tanto que passou, pessoas que conheci, lugares novos, que agora estão em minha memória, e dessa vez não somente por ver em documentários programas ou filmes, eu fui, vi , cheirei, senti esses locais que antes pareciam tão distante.
  Agora sei que um intercâmbio é muito mais do que só estudo, ou festa, como muitos pensam. Claro que estudo é uma parte muito importante, afinal, é o ‘motivo’, mas a realidade é que com todas as mudanças e situações que vem pelo caminho, passa a ser um coadjuvante, uma parte do dia que está lá para fazer você se lembrar de alguns deveres. Afinal, não há prazer sem primeiro cumprir com as obrigações. Além disso, me veio a mente que se fosse quantificar um intercâmbio, diria que 70% é de crescimentot pessoal e os outros, profissional. Não que eles estejam separados, mas um reflete no outro e, neste caso, penso que o pessoal reflete mais no profissional.
  Pensando com meus botões, resolvi pontuar as ‘situações chave’ dessa minha estância na Europa.
1- Chegada em Murcia
Momento que caiu a ficha de que tudo de ali em diante iria depender somente de mim, não teria ninguém (pais) para me ‘controlar’ sempre (apesar de que nos primeiros meses as solicitações no skype eram diárias-rs). Além disso, um frio do caramba, que foi diminuindo, bem aos poucos, com o passar dos meses.
2- Primeiro contato com outros estudantes
Graças a minha companheira de piso super fofa e simpática, conheci as 1as pessoas que me fizeram sentir bem vinda. Ademais, por um deles conheci as pessoas que viriam a ser ‘meu grupo’ de amigos.
3- Primeiras semanas de aula
Conhecer os professores, o conteúdo da matéria, etc. Neste período fiz 3 disciplinas, Marketing Internacional, Sistemas e processos de RP e PP e Produção de programa em televisão.
A primeira era na faculdade de economia, e foi um pouco pesada pelo conteúdo, por ser mais atrelado à parte administrativa, porém muito importante para ter uma visão mais ampla e não somente sob a ótica da comunicação. A de sistemas e processos foi a disciplina do professor responsável pelo intercâmbio. As aulas foram boas, e mostraram a realidade das agências e dos serviços de comunicação na Espanha. Por ultimo, mas não menos importante, produção de programas em televisão, uma disciplina 30% teórica e 70% prática. O trabalho do fim de semestre foi produzir um programa e, além de atuar como personagem em um dos quadros, fui ‘cameraman’! Esta foi a mais divertida e interativa das disciplinas.
4- Viagens a outras localidades
Começou em grande estilo por Granada, em um fim de semana organizado pelo grupo de estudantes locais especialmente para os intercambistas, ESN. Depois, a segunda viagem foi à Barcelona, no início de março, quando fui participar do Global Sports Forum, onde conheci muitos profissionais e as palestras foam excelentes.
Além desses, na Espanha também conheci Valencia e Cartagena. Ah, teve também IBIZA! Novamente organizado pela ESN. Como me esquecer dessa semaninha louca de festas e praia, foi sensacional, me senti em um ‘Porto Seguro’, viagem de formatura do colégio, só que de luxo - e seis anos depois... - (rs) Baladinhas famosas, festa na espuma, na praia, no navio, resumindo, festa em tudo, foram mais de 2000 intercambistas de toda a Espanha, adorei.
Na semana santa, passei uma semana em Portugal, visitei Lisboa, Coimbra e Porto. Sem muito intervalo, 2 dias depois de voltar a base ‘Murcia’ (rs) fui a Londres bem no fim de semana do casamento real!
5- Estagiar no serviço de comunicação da Universidad
Foi legal, apesar de ter que acordar cedo e diminuir minhas horas de festa durante a semana (rs) Com o estágio pude passar mais tempo em contato com profissionais espanhóis e com a língua Espanhola. Foi também quando comecei a usar o twitter, que por sinal, abandonei essas semanas, pois sem ter um celular com internet fica difícil manter constantemente atualizado…
6- Reencontro com meus pais
Sim, eles vieram me visitar, aproveitaram a desculpa para poder viajar nas férias.(rs) Encontrei com eles em Amsterdam e dali partimos a Madrid, Toledo e Palma de Mallorca. Claro, eles deram uma passada em Murcia, mas foram bem rápidos!
7- Despedida
Pra mim pareceu mais triste de que quando sai do Brasil… acho que se deve ao fato de que quando eu voltar, as coisas não terão mudado tanto, mas o que passou aqui não vai se repetir, há pessoas que talvez eu nunca mais veja… mas sem duvida estarão em minha memória para sempre (e no meu facebook) rs
8- Início mochilão Europa
Estou fazendo um diário de viagem! Aguardem, conforme for conseguindo passar param o computador, posto no blog.
Ps: Dia 27 de julho chegarei ao Brasil

sábado, 7 de maio de 2011

A experiência de viajar sozinha. | Destino, acaso, sorte, todas ou nenhuma das anteriores?

"Para viajar, basta existir", Fernando Pessoa.

Lisboa, Portugal
Citando este grande escritor, começo este post... que veio com muitas semanas de atraso, me desculpem, mas abril foi um mês intenso... Depois de dois fins de semana de atividades naturais, teve o Spring break de 2 semanas! Nas que fui a Portugal e Londres.
Primeiro, uma surpresa, farei um vídeo... Algo mais próximo, pra vocês poderem me ver... Ai, que saudades das minhas amigas e noites de fofocas... tanto a contar!! :)
Então fica assim, sobre os passeios contarei no vídeo, que postarei em breve e, sobre o tema do título, escrevo agora.

Viajar sozinha não foi só uma opção minha simplesmente, foi a condição que se apresentava, pois ninguém queria fazer o mesmo e, nessas horas, é melhor fazer que deixar de fazer então, fui sozinha mesmo! (rs) é interessante que muitos me perguntam.. "ai, mas sozinha, como você consegue? acho q jamais conseguiria"... 1º equivoco, jamais é muito forte, 2º - viajar sozinha não è o fim do mundo! muita gente faz... não teve um lugar que eu tenha ido desacompanhada que não tenha encontrados outros e outras na mesma situação...
Pode ser meio solitário as vezes...sim pode, mas pense nesse tempo como um tempo pra você, uma vez escutei uma frase interessante: se você não consegue conviver consigo, como outros o farão? Sem contar que viajar sozinha tem algumas vantagens.
  Uma delas é que você pode programar seu dia como bem quiser, você faz o seu roteiro... tudo bem, vocês podem me dizer "ah mas se você estiver com um amigo pode-se chegar em um acordo" claro...pode ter uma acordo. Mas com certeza alguém vai ter que ceder... e quanto maior o numero de pessoas que viaja junto, dependendo do destino, pode ser um desastre e inclusive causar insatisfações, que depois se tornam brigas...
  Como eu disse, vale lembrar que depende do destino... por exemplo, viagens turísticas, quando não se conhece o lugar visitado, são complicadas porque cada um quer visitar, passear em um lugar diferente. Mas se o motivo é só festas.. Bom, ai não tem muito o q discordar...
  Outra vantagem de viajar solo é que você fica mais aberto a interagir com outras pessoas, não que você e seu melhor amigo se fecharão em um mundinho paralelo, mas se estivessem separados, não teriam o back-up um do outro e, portanto, dependem de suas habilidades de comunicação. Fica a dica, esta habilidade é muito valorizada no mercado de trabalho! (rs)
  Mais uma coisa muito boa de viajar sozinha... e que tem a ver com relacionamentos. Você pode ate ter um roteiro prévio em mente, mas o que for surgindo, é facilmente adaptável, por exemplo, vai que conhece alguém "interessante" (rs)... seria chato deixar sua amiga(o) para curtir com essa pessoa. MAS, sozinho não tem problema, porque você não está comprometido e então pode curtir um romance de viagem! (LOL) Recomendo.
  Ok, ainda assim podem-me dizer que preferem viajar acompanhados. Legal, também gosto dos meus amigos! (rs) Mas só não tenham medo de fazê-lo! Não deixem passar oportunidades só porque não tem companhia! Nunca se sabe o que te espera... e tudo bem, acho que ser filha única também me ajudou a ser um pouco mais assim... Quando se tem irmãos, fica acostumado a ter gente por perto e tal..

  Pois bem, seguindo... Não saber o que te espera "Destino, acaso ou sorte?". O que você acha?
  Estava eu, caminhando sozinha por Lisboa, quando comecei a refletir sobre tudo que me aconteceu até agora. Isto é, desde que decidi sair do estágio em uma grande multinacional (cuja bolsa auxílio era muito boa para manter minha conta no azul sem meus pais #pronto falei) e quando apliquei para fazer intercambio no exterior.
  Não quero levantar aqui questionamentos do tipo, ‘e se’, mas tentar buscar uma explicação para o que se sucede na vida... Será que tudo que acontece faz parte de um destino? Estou sabendo que tem um filme em cartaz “Os Agentes do Destino” (Adjustment Bureau) só vi o trailer, mas fiquei bem interessada porque trata desse tema, de se há algo planejado para nós. Apesar de termos o livre arbítrio, será que isso já é calculado em nossa trajetória? Nascemos já destinados a alguma coisa? Acho que só saberemos depois que sairmos dessa.
  Por enquanto, me parece que o acaso, , uma dose de sorte, é uma boa explicação. Afinal, um cara bonitinho sentar do meu lado no avião, conhecer pessoas legais durante minhas viagens, e que talvez eu nem volte a vê-las, não sei se faz parte do meu destino, mas, sem dúvida, que por passarem em meu caminho, agregaram algo em minha vida.
  Quiçá seja isso, o destino talvez esteja nos esperando, mas são nossas ações durante a vida que nos formam para cumpri-lo. E, como temos o livre arbítrio, nossas decisões influenciam na trajetória, e por vezes pode nos afastar do objetivo.
  Bom, chega de tanta filosofia barata, né. (rs) Então, fica a dica, quando aparecer uma oportunidade,  aproveitem! Claro, considerem aquilo que julgue indispensável, mas nunca deixem de fazê-lo por medo! Um amor, uma amizade, a família, quando verdadeiros, estarão sempre te esperando, mas a oportunidade não. Depois que ela passa, pode ser que não apareça outra igual, às vezes melhor, às vezes pior, mas a vida não tem dois momentos iguais. Achei na internet – deus Google – um texto bem legal (desses que se recebe em corrente de e-mail) *rs

A vida corre como um rio. E nunca volta ao mesmo lugar. Passa por nós uma só vez
Nunca se repete. A vida tem muitos caminhos. Mas só nos é permitido escolher um. Ás vezes não somos nós que o escolhemos. Outros escolhem por nós. E muitas vezes seguimos esses caminhos. Contrariados, (como ovelhas para o matadouro, como pássaros engaiolados). Nós somos a nossa própria vida. Ela é o que fazemos dela. A certa altura olhamos para trás. E observamos que o caminho percorrido. Não nos levou ao lugar nenhum. Então rasgas-nos as entranhas. Cresce em nós uma vontade de mudar os trilhos. E a força cresce, cresce e torna-se invencível. Mudamos o nosso caminho. Muitas vezes temos que recuar um pouco. Para endireitar os trilhos. Mas tudo vale, para que sigamos o caminho que sempre quisemos seguir. Quantas vezes temos que derrubar muros. Lutar contra feras. Enfrentar monstros invisíveis. Fantasmas e medos. Mas quando o caminho é difícil. Acreditamos que no fim dos trilhos. Estará a nossa satisfação. Levantamos o estandarte. E gritamos vitória. Mas no fim da linha, está também o fim da viagem. Então apercebemo-nos de que chegar não foi o mais importante. O mais importante foi a viagem.
R.M.Cruz